Pela 3ª vez, prudentino é convocado para seleção

Vitor Yoshimura vai compor o elenco que vai disputar os Jogos Sul-Americanos, que ocorrem em Montería, na Colômbia

Esportes - JULHIA MARQUETI

Data 22/05/2018
Horário 20:31
Cedida - Em 2016 atleta competiu na Argentina e, no ano passado, foi para Santo Domingo com o Brasil
Cedida - Em 2016 atleta competiu na Argentina e, no ano passado, foi para Santo Domingo com o Brasil

O softbol não é uma modalidade totalmente conhecida no Brasil e isso, principalmente, pelo fato dele ter se tornado uma modalidade oficial há apenas três anos, em 2015. Mas isso não significa que no país não tenham atletas que se dedicam há tempos para o esporte e que buscam mostrar, cada vez mais, suas especialidades e conquistar espaço diante de tantas equipes já conhecidas no meio. Entre os brasileiros, Vitor Yoshimura, de Presidente Prudente, se encontra na lista dos mais importantes atualmente e, por este motivo, foi convocado pela terceira vez seguida pela CBBS (Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol) para compor a seleção brasileira de softbol. Neste ano, o prudentino participa dos Jogos Sul-Americanos da modalidade. A competição ocorre entre 1º e 10 de junho, em Montería, na Colômbia.

No caso de Vitor, a prática do esporte existe faz tempo, quando decidiu montar um time para se divertir com os amigos. A montagem ocorreu em Prudente, na Acae (Associação Cultural, Agrícola e Esportiva), e o grupo foi nomeado como All Stars. “Comecei a jogar softbol quando tinha uns 23 anos, em 2007, mas tudo começou como um lazer, onde juntamos uns amigos e montamos um time”, explica.

Mas com o tempo, a dedicação ao esporte ficou ainda maior, já que ele diz que percebeu sua melhora e habilidade na modalidade. Com isso, os títulos vieram. “Nosso time tem vários títulos de torneios pequenos na região, mas em campeonatos oficiais fomos bem também, conseguimos ser campeões do 1º Torneio de Softbol Masculino, em São Paulo, em 2016, e campeões da 1ª Taça Brasil, em 2017. Além disso, fomos vice-campeões do 1º Campeonato Brasileiro, em Marília”, destaca.

A partir daí, o trabalho ficou cada vez mais profissional, até que ele recebeu a primeira chance ao ser convocado pela seleção brasileira, em 2016. De lá até aqui, em 2018, foram três convocações, incluindo a deste ano. Para ele, não há sensação melhor de reconhecimento do que estar na lista e com os nomes entre os selecionados. “Receber a noticia é sempre bom, porque mostra o reconhecimento de todo esforço e dedicação ao esporte durante esses anos. Em 2016 fui pra Argentina, no Torneio Internacional. Ano passado fui para Santo Domingo, na República Dominicana, na fase classificatória para os Jogos Pan-Americanos”, enfatiza.

Dificuldades

Mas nem tudo são flores, por conta do esporte ser novo, a dificuldade acontece quando o assunto é patrocínio. “Não é fácil, como não temos patrocínio ou ajuda por ser um esporte novo. Fica bem difícil de montar um time forte, porque muitos jogadores bons não têm condições de bancar todas as despesas da viagem”, explica.

Por isso, a dificuldade fica por conta do empenho dado ao esporte, já que ele diz que não pode se dedicar apenas ao softbol e tem que ajustar sua rotina ao trabalho e treinos. Mas mesmo assim, com o passar do tempo, seus cuidados ficam cada vez mais intensos. “Eu treino no sábado e domingo e, durante a semana, treino mais o condicionamento físico, com corrida e crossfit também. Fica difícil treinar apenas o softbol durante a semana por conta do trabalho e porque não tem onde treinar a noite”, finaliza.

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