Plataformas precisam garantir segurança de motoristas e passageiros

EDITORIAL -

Data 19/06/2019
Horário 04:00

Um caso chocou a região de Presidente Prudente no último final de semana. O assassinato do motorista de aplicativo Luciano Galindo, morto brutalmente aos 42 anos enquanto buscava ganhar o pão de cada dia para família na última sexta-feira. Fato triste, que revolta quem toma conhecimento, sobretudo por conta das circunstâncias que envolveram o crime, divulgadas em detalhes pela DIG (Delegacia de Investigações Criminais) e publicadas por este diário. Razão pela qual uma série de questionamentos acerca da segurança de passageiros e motoristas que utilizam ou prestam serviços por aplicativo são levantadas.

O transporte individual de passageiros por aplicativos é uma realidade em muitas cidades do país e de todo o mundo. Em Prudente não é diferente. Desde que a primeira plataforma chegou a cidade em meados de março de 2018, o serviço se tornou uma opção à população, principalmente pelas tarifas mais atraentes que as praticadas pelos táxis, mas também por outras possibilidades, como o compartilhamento de rotas e visualização dos preços antes da corrida.

Mas, recentemente, alguns casos de violência, como o que culminou na morte de Luciano Galindo, além de outro registrado nas últimas semanas, em que um motorista teve seu carro queimado, têm assustado usuários e prestadores de serviço. É inegável as vantagens que as plataformas trouxeram para o transporte de passageiros em Prudente, além da possibilidade de emprego e renda para motoristas, mas as mesmas precisam garantir que o serviço seja oferecido de maneira segura para todos: motoristas e passageiros.

De alguma forma os dispositivos e algoritmos que fazem a filtragem dos dados dos usuários devem ser aperfeiçoados, bem como as políticas para aceitabilidade dentro das plataformas, seja como passageiro ou como motorista. É inaceitável que casos de violência coloquem em dúvida um serviço tão importante atualmente para sociedade, como é ainda mais inaceitável que vidas sejam ceifadas de forma tão banal. Por isso medidas devem ser adotadas pelas prestadoras de serviço, para que novos “Lucianos” não saiam de casa sem saber se vão retornar.

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