Polícia Civil promove encontro de mãe e filha depois de 29 anos

Josiane de Souza, moradora Curitiba, procurou a polícia após tomar conhecimento de que havia sido “doada” às vésperas do falecimento da mulher que a criou

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 05/11/2019
Horário 12:26
Polícia Civil - Josiane procurou a polícia para encontrar a mãe
Polícia Civil - Josiane procurou a polícia para encontrar a mãe

A Polícia Civil de Junqueirópolis identificou e reuniu uma filha que, em 29 anos, jamais havia visto ou falado com sua mãe, e nem sequer sabia seu nome. Tudo aconteceu quando no mês de julho deste ano, Josiane de Souza, 29 anos, moradora de Curitiba (PR) procurou pela Delegacia de Polícia de Junqueirópolis, dizendo que sua mãe adotiva, às vésperas de seu falecimento, havia revelado a ela que Josiane teria sido “doada” a ela em Junqueirópolis, em 1990.

A data coincide com o dia do nascimento.  Josiane disse ainda que seu sonho era conhecer sua mãe verdadeira, mas que não tinha nenhuma outra informação para identificá-la. Desta forma, foi instaurado inquérito policial para investigar os fatos.

No decorrer da investigação, os policiais civis conseguiram obter documentos médicos da época do nascimento da garota adotada, bem como identificar testemunhas daquela que tinham conhecimento sobre os fatos.

Desse modo, a Polícia Civil de Junqueirópolis realizou conseguiu identificar a mãe biológica da vítima que, atualmente, é moradora de Marília (SP).

Encontro marcado

Na última sexta-feira, dia 1º de novembro, mãe e filha se encontraram pela primeira vez, na sede da Delegacia de Polícia Civil em Junqueirópolis. Ambas estavam “muito emocionadas” e, além da notória semelhança física, demonstraram muitas afinidades, inclusive uma tatuagem idêntica no pulso esquerdo de cada uma.

Na ocasião, a mãe biológica revelou à filha as razões compreensíveis que a levaram a abrir mão de ficar com Josiane.

Os autos, que foram instaurados para apurar eventual prática do delito previsto no artigo 242 do Código Penal (dar parto alheio como próprio), já estão em vias de conclusão, e as evidências jurídicas dão conta de que houve prescrição.

A mãe biológica por razões de foro íntimo, não autorizou que sua imagem ou nome fossem publicados.

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