Ontem, a Polícia Civil resgatou um homem em uma mata nas proximidades do Rio Paraná, em Porto Primavera, distrito de Rosana. Conforme a investigação, o indivíduo aparenta ter entre 25 e 30 anos de idade, no entanto, não apresentou documentação. Ele foi encontrado com condições de higiene precárias, e portava uma faca.
O delegado Ramon Euclides Guarnieri Pedrão explica que há quatro meses o policiamento recebeu a informação de que o indivíduo perambulava pelas imediações do distrito armado com uma faca. Em certas ocasiões, ele teria tentado agredir algumas pessoas. “Diante das informações, demos início aos trabalhos para tentar localizá-lo. Inclusive, com o uso de drones que sobrevoaram o possível local onde ele pernoitava, no entanto, não foi avistado”.
Segundo a autoridade, uma testemunha comunicou aos investigadores que o rapaz havia sido visto caminhando por uma rodovia em direção ao Estado do Mato Grosso do Sul. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros também foram comunicados e prestaram auxílio na abordagem. Conforme o delegado, o homem estava em “estado deplorável de higiene”.
“Ele portava um vasilhame com urina e estava com uma faca no bolso. Segundo apontado por testemunhas, no local onde tinha o costume de ficar, ele chegava a consumir carne de cachorros, uma vez que pernoitava nas proximidades de um aterro sanitário onde há dejetos orgânicos”, relata Pedrão. Com o homem não foram encontrados documentos e, até então, a identidade dele é desconhecida.
Palavras em tupi
Devido às características do indivíduo, os investigadores acreditam que ele seja índio ou paraguaio. “Depois de certo tempo ele passou a repetir a palavra índio, então, chamamos uma senhora que fala em tupi-guarani que conseguiu conversar”, explica o delegado. No entanto, não foi possível confirmar a veracidade das afirmações, pois o homem aparenta ter atraso mental.
A Funai (Fundação Nacional do Índio) foi comunicada sobre a ocorrência, e está contribuindo com a investigação por meio do cadastro em sistema de banco de dados. De acordo com a Polícia Civil, o homem recebe atendimentos médicos em uma unidade de saúde, mas, para que a internação e tratamentos sejam mantidos, é necessário que o indivíduo seja identificado.