Após anunciar que acatou o pedido do MPE (Ministério Público Estadual), a Prefeitura de Presidente Prudente realizou nos últimos dias o processo de poda das árvores da Praça Monsenhor Sarrion, que lida há anos com a grande quantidade de aves e, consequentemente, fezes no chão, nos bancos e em pontos de ônibus. Na semana que vem, de acordo com a Semea (Secretaria Municipal do Meio Ambiente), uma avaliação está agendada para verificar o desempenho da medida.
O titular da pasta, Wilson Portella Rodrigues, entende que, com a última ação executada, resultados foram obtidos, “mas isso não quer dizer que o problema tenha sido resolvido”. À reportagem, ele salienta que a quantidade de pombos e, por ventura, a sujeira, diminuiu. “Não quer dizer que resolveu. Agora é cuidar da situação que isso gerou, e eventuais problemas que essa ação possa ter causado”, completa.
E dentre eles está a migração das aves para à Praça Nove de Julho, em frente ao local. Aliás, a reclamação já existe entre os transeuntes e frequentadores do perímetro, que observam o aumento de pombos pela área, desde que a poda foi realizada. Em um dos casos, o aposentado Antônio Yoshio, 62 anos, garante que pôde ver a mudança de comportamento dos animais, que “mudou tudo pra lá e deixou o espaço com mais sujeira”.
Assim como ele, a cuidadora Rita Oliveira, 55 anos, reparou que nos últimos dias a Praça Monsenhor Sarrion está mais limpa, porém, a Nove de julho mais suja. Segundo ela, isso é resultado da migração. “E o que mais incomoda é o cheiro. Nessa última semana, que choveu um pouquinho, já foi suficiente para deixar o fedor ainda maior. Algo definitivo precisa ser feito. A gente que é cidadão não sabe nem opinar o que deveria ocorrer, mas precisam de ajuda”, aponta.
E se tem mais sujeira, o incomodo é naturalmente maior. A fotógrafa Dorita Melo, 57 anos, destaca ainda que no período noturno é pior, já que os funcionários municipais que efetuam a limpeza do local - “em sua maioria” - trabalham de manhã. “O mau cheiro é grande e os bancos ficam impossíveis de sentar. Isso quando a gente não tem que lidar com o constrangimento de ficar com a roupa ou o corpo sujo, por ter sido atingido por algum pombo. Podar não vai adiantar”, argumenta.
E ao ser questionado sobre os apontamentos, o secretário afirma que isso era uma situação que já estava prevista. “É normal que eles migrem. Se poda uma árvore, normalmente eles vão para outro local mais próximo”, lembra. Exatamente também por esse motivo que a avaliação acontecerá, conforme Portella. “O objetivo nosso é não deixar centralizar em nenhum ponto”, finaliza.