Prevenção e proteção no carnaval

No período da festividade, as ações de conscientização sobre o uso do preservativo são intensificadas no município

PRUDENTE - MARCO VINICIUS ROPELLI

Data 04/02/2020
Horário 09:33
Isadora Crivelli - Preservativos são distribuídos gratuitamente em unidades de saúde de Prudente e região
Isadora Crivelli - Preservativos são distribuídos gratuitamente em unidades de saúde de Prudente e região

Com a proximidade do carnaval, cresce a preocupação dos profissionais de saúde, visto que a frequência das relações sexuais desprotegidas aumenta. Em Presidente Prudente, o alerta também é com relação à proliferação das ISTs (infecções sexualmente transmissíveis). Em janeiro deste ano, de acordo com o coordenador do programa DST/Aids, Jefferson Saviolo, a capital do oeste paulista contabilizou 15 novos pacientes utilizando o coquetel para tratamento do HIV.

O número preocupa o poder público, como informa o coordenador, tendo em vista que a média foi de um novo paciente a cada dois dias de janeiro. O cenário faz com que o programa DST/Aids dê ainda mais atenção a planos de conscientização para os riscos do sexo sem segurança. Jefferson afirma que haverá, na semana que antecede o carnaval, campanhas em todas as formas de mídia para conscientizar os foliões. Ele enfatiza, ainda, que os carnavais de rua ainda não foram confirmados na cidade, mas, se houver, equipes estarão nas ruas para a distribuição intensificada de preservativos.

“O programa DST/Aids faz ações durante o ano inteiro sobre a prevenção de ISTs, mas intensificaremos neste período, visto que no carnaval os riscos são maiores”, pontual o coordenador. Ele lembra que além do vírus HIV, no cenário nacional, inclusive na região, está em evidência os casos de sífilis, uma doença que possui tratamento disponível em unidades de saúde.

NÃO FIQUE

NA DÚVIDA

A prevenção é sempre a melhor alternativa, seja pelas doenças sexualmente transmissíveis, ou até em relação a uma gravidez indesejada. Há, entretanto, explica Jefferson, tratamentos e exames rápidos que podem ajudar os pacientes nas horas seguintes ao sexo sem proteção.

“Não fique na dúvida. Se o folião teve uma relação desprotegida, todas as unidades de saúde possuem exames rápidos para detecção do HIV, sífilis, hepatites B e C”, destaca o coordenador. No caso da aids, a PEP (profilaxia pós-exposição), se realizada nas 72 horas após a relação, pode impedir a infecção pelo vírus HIV. Mesmo que confirmada a presença do vírus, o diagnóstico precoce, sem que a doença em si tenha se manifestado, é decisivo na qualidade de vida do paciente.

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