Produção energética

OPINIÃO - Arlette Piai

Data 26/03/2019
Horário 04:23

Energia é fonte de vida. Antes das grandes revoluções industriais para captação de energia da natureza, o homem lutava apenas para garantir a subsistência com a energia dos alimentos.  Hoje, o conforto que a tecnologia oferece tem um preço alto a pagar com a contínua exploração.   O Brasil, graças a possuirmos 12% da água de todo o planeta, foi possível produzir energia limpa com as hidrelétricas que constituem fonte renovável bastante disponível no país. Entretanto, as hidrelétricas ainda ferem a natureza, já que para a instalação das mesmas é necessário a destruição de fauna e flora e o deslocamento da população residente na área da instalação.

No mundo hoje, aviões, carros e fábricas, com suas chaminés, poluem o ar, os rios assoreados, as erosões, o lixo das indústrias, muitos são conduzidos aos lençóis d’água subterrâneos.  Queimadas das nossas florestas ainda continuam ocorrendo, com ela, além da devastação, há grande emissão do gás metano. Assim a terra aqueceu de tal maneira que o derretimento das calotas polares está provocando aumento no nível dos oceanos. O desrespeito ao planeta conduziu aos tsunamis, grandes tempestades com vento acima 200 quilômetros por hora com a fúria da natureza.

Quanto a energia, os países da Europa e da América do Norte não detêm potencial hidráulico, nem equilíbrio entre fontes renováveis equivalentes às do Brasil, fazendo-os dependentes de petróleo, carvão mineral e gás natural. As termelétricas são poluentes, ao queimar matéria orgânica libera gases de efeito estufa. A energia nuclear a partir do urânio é limpa, mas há o risco de vazamento radioativo, capaz de ocasionar mutações genéticas, doenças e mortes. Os cientistas norte-americanos apoiam a construção de novas usinas nucleares nos Estados Unidos atestando que não há risco, mas todos sabem pelas catástrofes já ocorridas mundo afora, que não é verdade.

A energia solar ou fotovoltaica, como tão bem definiu o mestre em engenharia elétrica César Bergi, em O Imparcial de 21 de março, é limpa, abundante, renovável, e com as novas conquistas tecnológicas podem ficar econômicas ao consumidor. O Brasil, país tropical com sol o ano todo e com maior concentração de água do planeta, tem tudo para se tornar o maior produtor e exportador de energia limpa do mundo. Mas para que haja mudança de fato é preciso a conscientização de que estamos em corpos biológicos, mas somos energia eterna e indissolúvel formando uma única unidade com a natureza. Somos um só e o que é benéfico para o planeta, é benéfico para nós, e a recíproca é verdadeira.

Precisamos, portanto, que não sejam medidos esforços, investimentos, estudo e dedicação para explorar a energia fotovoltaica brasileira que tem condições de suprir o mundo e levantar o maior pilar que reconduzirá à saúde das águas e do planeta como um todo. “Se você tem metas para um ano, plante arroz. Se você tem metas para 10 anos, plante uma árvore Se você tem metas para 100 anos, eduque uma criança. Se você tem metas para 1000 anos, preserve o meio ambiente”, Confúcio.

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