A ressocialização de sentenciados é uma das maneiras de preparar aqueles que estão atrás das grades, para que tenham uma nova perspectiva de vida ao final do cumprimento da pena. Esta motivação também contribui para que exerçam atividades diferenciadas dentro das unidades prisionais. Na Penitenciária Feminina de Tupi Paulista, por exemplo, foi oferecido o curso técnico em Administração às sentenciadas. A primeira turma irá colar grau na terça-feira, solenidade em que serão entregues certificados a 12 mulheres do regime fechado que estarão vestidas de becas.
Devido aos objetivos alcançados por meio do projeto piloto, a Croeste (Coordenadoria das Unidades Prisionais da Região Oeste do Estado) afirma que uma nova turma está programada para iniciar já no segundo semestre deste ano. A expectativa é de que o curso seja estendido a outras unidades prisionais. “O evento tem como objetivo oferecer às reeducandas a oportunidade de vivenciarem a concretização de uma conquista, o início de um novo ciclo, uma formação profissional para sua retomada de vida na sociedade”, explica Adriana Alkmin Pereira Domingues, diretora da penitenciária.
Conforme a coordenadoria, o curso foi desenvolvido como projeto piloto de Classes Descentralizadas, de iniciativa da Funap (Fundação Professor Doutor Manoel Pedro Pimentel), da SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) e do Centro Paula Souza, por intermédio da Etec (Escola Técnica) Professora Carmelina Barbosa, de Dracena. As aulas iniciaram há um ano e foram ministradas em período integral durante toda a semana, às mulheres com ensino médio completo.
Os encontros ocorrem no Pavilhão Escolar e em ambiente virtual, mas sem acesso à internet. “Acreditamos que o ensino no curso técnico é muito mais voltado para o mercado de trabalho, o que possibilita para as mulheres em cumprimento de pena a possibilidade de sua autonomia e convívio social de forma digna”, salienta a diretora da Penitenciária de Tupi Paulista.
Projeto semelhante
Na Penitenciária de Assis, um projeto semelhante está sendo desenvolvido, mas como curso profissionalizante integrado às disciplinas do ensino médio. De acordo com a Croeste, há novas turmas previstas apenas de curso técnico, com duração de um ano. As aulas deverão contemplar as penitenciárias de Florínea (em Julho), Feminina de Tupi Paulista (em Agosto), Presidente Bernardes e Paraguaçú Paulista (no início de 2020).