A VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal) confirmou no fim da tarde de ontem o segundo caso de sarampo registrado na cidade de Presidente Prudente, desta vez em uma mulher, gestante, de 28 anos. A doença, altamente contagiosa, até 2019, não era registrada há pelo menos 20 anos e a situação, conforme a diretora da VEM, Elaine Bertacco, já faz com que um surto seja considerado. “Diferente da dengue, por exemplo, um único caso de sarampo é motivo de muita preocupação, por isso já começamos os trabalhos de busca ativa no bairro Brasil Novo, onde mora a mulher”, expõe.
De acordo com Elaine, ao todo, a cidade de Presidente Prudente conta com 15 notificações da doença, sendo que duas delas agora são positivas, três deram negativo para os exames e outros 10 casos aguardam um resultado final. “Assim como o primeiro caso, este é importado, já que a mulher viaja toda semana para a capital paulista. Ela não está internada, já recebeu alta, mas segue em acompanhamento por nossas equipes”, ressalta.
Justamente sobre o processo de acompanhamento é que a VEM esclareceu que ele ocorre da seguinte forma: com a notificação de um caso, mesmo que ainda não confirmado, é feito um bloqueio vacinal com familiares e equipes de trabalho da pessoa em questão. Em seguida, com a confirmação, é realizada uma varredura nas cinco quadras ao redor da casa do munícipe, com uma busca ativa. “A cobertura baixa de vacinas em todo o país, sem dúvida, contribuiu para que doenças como essa voltassem. Precisamos estar atentos com as carteiras de vacinação, pois é a forma de prevenção”, alerta Elaine.
Primeiro caso
No dia 23 de agosto, a VEM confirmou o primeiro caso de sarampo na cidade. Na ocasião, o munícipe se tratava de um homem de 30 anos, morador da Vila Aurélio. O caso importado se deu, já que ele alegou ter viajado recentemente a São Paulo. À época, Elaine já havia deixado uma orientação aos moradores da cidade de que, “ao apresentarem os primeiros sinais e sintomas, procurassem assistência médica imediatamente e dessem o endereço correto para que todas as medidas cabíveis fossem tomadas”.
Prevenção em números
Em relação às vacinas contra a doença, a Prefeitura informou que foram aplicadas, até o momento, 7.411 doses. No público menor de um ano, foram 167 bebês imunizados. Nas crianças de um ano, 2.164; nas de dois anos, 25; nas de três, 20; nas de quatro, 15; nas de cinco a seis anos, 32; nas de sete a 11, 54; nas de 12 anos, apenas seis doses; entre 13 e 14, 27; entre 15 a 16, 52; e de 17 a 19 anos, 142.
Já no público de 20 a 24, 832 doses; entre 25 a 29, 859; entre 30 a 34, 420; de 35 a 39, 580; de 40 a 44, 593; entre 45 a 49, 481; entre os 50 e 59 anos, 863; e acima de 60 anos, 79 doses aplicadas. Entre o público feminino, foram 6.116 vacinas aplicadas, e entre o masculino, 3.295.
