Que filhos queremos criar para o mundo?

OPINIÃO - Marcos Alves Borba

Data 20/03/2019
Horário 06:00

É natural que quando pensamos em criar nossos filhos uma das principais ferramentas a serem adquiridas e desenvolvidas é a educação. E sempre vêm as perguntas: Por onde começar? Que caminho seguir?  A escola ensina e os pais educam? Qual a melhor escolha? E se fosse você, que conselho daria? E etc... etc... etc...e mesmo em pleno século 21, ainda nos paira dúvidas por onde começar e com quem deixar nossos filhos. Afinal de contas o futuro a Deus pertence. Seria realmente isso mesmo?

Já algum tempo atrás vi esses dizeres num post: O modelo de ensino tradicional e os testes padronizados das escolas têm vindo a ser postos em causa por pais e educadores de todo o mundo. O processo de repetição e a sobrecarga horária para garantir que as crianças aprendam mais conteúdos (e cada vez mais cedo), acabam com a verdadeira aprendizagem – o desenvolvimento da curiosidade e do pensamento criativo e crítico.

Outro estigma do ensino tradicional é que os resultados escolares são preditores de um futuro garantido e de uma existência feliz. No entanto, sabe-se hoje que muitas das pessoas mais bem-sucedidas no mundo não foram alunos brilhantes, e que o sucesso empresarial não é sinônimo de felicidade. Não é preciso um estudo para confirmar isto, mas de certeza que se googlearmos encontramos qualquer coisa neste sentido.

Obviamente, se as pessoas são todas diferentes, exames padronizados e um sistema de ensino estanque não poderão servir a todas as cabeças. Talvez, e isso não seja novidade nenhuma, mas desde quando estamos buscando e querendo o diferente, principalmente quando se trata de estímulos há uma geração que, apesar das diferenças precisam ser acolhidas de maneira mais enérgica, mas com afinco de nossas hombridades acolhedoras.

Há todo momento estamos vivenciando e querendo entender sentido de valores que poderiam ser menos evasivos ou predestinados aos nossos interesses, o que poderíamos até estriparmos como forma de conforto a esses intangíveis diagnósticos que perturbam e afetam tantas pessoas, principalmente as nossas crianças e jovens de hoje, como o bullying, o racismo, o preconceito e etc... mas, se fizermos uma analogia de nossos tempos, por favor, poderemos ser até inconvenientes desses tempos bem diferentes. Mas sempre de maneira bem sútil é possível que esse efeito surta resultados bem definidos.

Um diretor de uma escola em Singapura enviou esta carta a todos os pais, que foi colocada online, e tornou-se viral pela forma como enfatizou as necessidades de cada criança em vez dos resultados escolares: “Queridos pais! A época de exames dos vossos filhos está prestes a começar. Eu sei que estão ansiosos para que eles obtenham boas classificações.

Mas por favor, lembrem-se que em cada estudante que estará a ser avaliado há um artista que não precisa ser especialista em matemática… há um empreendedor que não precisa de dominar História ou Literatura… há um músico, cujas notas de Ciências não são relevantes para si. Há um atleta que valoriza mais educação física do que as aulas de Físico-química.

Se os vossos filhos tiverem notas excelentes, ótimo! Mas se não tiverem, por favor, não os deitem abaixo destruindo lhes à confiança e a autoestima.

Digam-lhes que está tudo bem. É só um teste. Eles estão destinados á algo muito maior e mais importante na vida. Digam-lhes que os amam incondicionalmente, independentemente dos resultados acadêmicos, e não vão conota-los por uma avaliação.

Por favor, façam o que vos peço.

E quando o fizerem, vejam os vossos filhos a crescer e a conquistar o mundo. Uma nota baixa não irá acabar com os sonhos deles nem mesmo com o seu talento. E acima de tudo, lembrem-se que os médicos e engenheiros não são as únicas pessoas felizes do mundo”.

Todos nós temos habilidades e vontades diferentes, apoie aqueles que talvez queiram seguir um caminho diferente. Se ainda não aprendemos a entender as mutações que o mundo nos oferece, estamos muito longe de aceitar às perdas e frustrações que já faz parte desse processo.  E todos nós de alguma maneira somos especialistas em alguma coisa, só precisamos entender como fazer parte de alguma mudança.

 

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