Região precisa buscar o protagonismo vislumbrado em outras épocas

EDITORIAL -

Data 13/12/2018
Horário 04:05

Todos os domingos o jornal O Imparcial traz em sua edição impressa a coluna Há 50 Anos. Nela, como o próprio nome sugere, este diário retoma os principais assuntos abordados em suas páginas há 50 anos. Neste ano, que se aproxima do fim, as notícias recuperadas foram publicadas em 1968 e, em praticamente todas as semanas, uma ideia é recorrente: a região de Presidente Prudente era tida como uma das mais importantes e com maior potencial em todo Estado de São Paulo. Todos esperavam muito do extremo oeste do Estado, sobretudo por conta de sua riqueza na agricultura e na pecuária. Mas o tempo passou e, hoje, 50 anos depois, a realidade não corresponde à expectativa. A região, elevada como uma das mais ricas, hoje figura entre as mais pobres, com os menores índices econômicos e de investimentos.

Uma amostra deste cenário atual foi destaque na edição de ontem deste impresso. Conforme levantamento da Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), o comércio varejista da região de Prudente, se comparado com outras 15 regiões do Estado, apresenta o pior desempenho quando o assunto é a projeção de faturamento para este ano em relação ao ano passado. O crescimento projetado deve chegar a apenas 2%, enquanto algumas regiões devem alcançar aos 7% ou 11%.

O prognóstico prevê ainda que a região terá o segundo pior desempenho na estimativa de faturamento para este mês, com variação de 1% - atrás apenas de Marília, que teve 0% de variação. E isso no comércio, uma das áreas que a região mais se destaca economicamente, ao lado do setor de serviços.

Resta saber onde erramos, ou melhor, onde erraram por nós? Mas mais do que isso, é necessário implantar mudanças e voltar a buscar o protagonismo vislumbrado em outras épocas, para que a 50 anos não estejamos “chorando as pitangas” de 2018. O passado foi de esperança, o presente nem tanto, por conta da frustração pelos sonhos não alcançados, mas é preciso que, como região, nos reconciliemos, juntemos os cacos, denominemos os erros e, juntos, façamos do futuro um lugar mais digno, habitável, próspero.

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