Região tem saldo de 4.319 empregos formais

O Ministério da Economia divulgou ontem os resultados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) referentes ao mês de maio. A região de Presidente Prudente apresentou dados positivos tanto no mês em questão, com saldo de 196 empregos formais nas 23 cidades apresentadas pelo estudo e 4.319 no acumulado deste ano, com informações que vão de janeiro a maio. De acordo com a economista Josélia Galiciano Pedro, os números positivos serão sempre bem-vindos, mas, ainda assim, não retratam um cenário de grandes avanços. “Em vista do que perdemos no passado, ainda é uma quantia baixa”, lembra.

Para chegar ao saldo, o Caged analisa o total de admissões frente ao número de demissões. No mês de maio, com dados divulgados ontem, os melhores saldos da região ficaram para Lucélia, com 309 empregos formais, e Dracena com 168. Já nas cidades em que os saldos ficaram negativos, Rancharia teve o pior índice, com -103 vagas formais, seguida de Presidente Prudente, com -98.

O levantamento do Ministério da Economia apresenta ainda os números do acumulado do ano, quando os municípios melhores colocados no ranking foram Lucélia, com 767, Adamantina, com 765, e Prudente, com 548 empregos formais nos cinco meses. Já nas cidades com déficit, Pacaembu lidera o ranking, com -95.

Ritmo lento

Para a economista, o surgimento de novas vagas de trabalho formal no país, assim como na região, ainda caminha de forma lenta, mas, ainda assim, retrata um cenário favorável, já que significa um número maior de pessoas que voltaram a trabalhar, que estão recebendo salários e fazendo com que a moeda circule. “O número não expressa algo muito grande, ainda mais por se tratar de algo regional, com 23 cidades inclusas, mas acredito que alguns setores podem ter ajudado, como o da construção civil e que teve um aquecimento nos últimos meses”. Até o fechamento desta edição, o Ministério da Economia não tinha divulgado os números separados por setores nos municípios.

Já sobre perspectivas futuras, Josélia esclarece que a ideia é que a partir do ano que vem a situação econômica melhore em todo o Brasil, mas ressalta que boa parte dos problemas enfrentados, que barram tais avanços, estão ligados à crise dos Estados Unidos com a China, além das questões locais. “Enquanto não fechar o assunto reforma da Previdência, os investidores vão se sentir receosos, pois estão na expectativa do que vai ocorrer. Essa guerra entre o poder Executivo e Legislativo também atrapalha, mas a partir de 2020 poderemos ter avanços”, finaliza.