Entre 2018 e 2019 o número de animais (cães e gatos) que deram entrada no CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) reduziu 22%. Entre os cães, a redução foi de 18,8% (caiu de 101 para 82 animais), já em se tratando de gatos, a queda foi maior, de 28,8% (de 45 para 32 gatos). A redução, acredita a gerente do CCZ, Maria Lúcia Alves Costa Matioli, se deve à eficácia demonstrada pela “propaganda positiva da adoção de animais, que é feita pela própria mídia”.
A questão do abandono de animais voltou à tona na região, quando nove cães foram resgatados pelo CCZ prudentino, em 25 de novembro. Uma denúncia anônima informou que os animais estavam em um terreno baldio na Avenida Miguel Damha, caso que foi repercutido por grandes veículos, como o jornal “O Estado de São Paulo”.
Está cada vez mais comum observar em redes sociais grupos destinados à adoção de animais de estimação, seja de crias ou de cães e gatos abandonados, muitos destes grupos, se dedicam, também, a denunciar maus-tratos contra animais. A partir disso muitos casos são resolvidos antes mesmo de chegarem ao Centro de Controle de Zoonoses, o que corrobora a tese de Maria Lúcia.
Um exemplo disso é o projeto “Anjos de 4 Patas”. De acordo com a idealizadora Ana Lucia Sanches Grotto, “esse projeto foi criado na intenção de divulgar animais para doação, abandonados, perdidos, achados, precisando de ajuda e orientar as pessoas sobre castração e dúvidas”. Tudo é realizado pelos meios digitais. Na página no projeto no Facebook são constantemente postadas fotos de animais que estão disponíveis para adoção, e é também por lá, ou pelo Whatsapp, que os internautas demonstram o desejo de adotá-los. “O Anjos de 4 Patas é totalmente voluntário e conta com auxílio de pessoas que defendem a mesma causa. O projeto não visa fins lucrativos, é voltado para o empreendedorismo social”, enfatiza. Vale ressaltar que este diário é parceiro da ação, publicando fotos dos animais disponíveis para adoção.
COMO FUNCIONA A
ATUAÇÃO DO CCZ?
A gerente afirma que, além do cuidado com o bem-estar dos animais, o trabalho realizado pelo CCZ tem importância fundamental ao evitar que os animais fiquem soltos e possam causar acidentes, bem como a proliferação de doenças infectocontagiosas e até mesmo as zoonoses em geral.
A ação tem início, geralmente, quando o centro recebe denúncias de munícipes, protetores de animais, ONGs (organizações não governamentais) e de outros órgãos da Prefeitura. “Algumas pessoas até trazem ao órgão quando encontram os cães abandonados na rua”, pontua Maria Lúcia. Os animais, ela completa, são recolhidos conforme a disponibilidade das baias do canil do Centro de Controle de Zoonoses, onde realizam exames, passam por leitura dos chips (caso tenham), ou são chipados, e posteriormente, caso não sejam encontrados os donos, são colocados para adoção.
A utilização das redes sociais também é corriqueira no CCZ. Antes de colocar cães e gatos para adoção, o centro publica imagens dos animais em sua página do Facebook, além de realizar pesquisa nas redes sociais a fim de constatar se há ou não alguma procura pelos bichos de estimação. A liberação dos animais apreendidos pelo CCZ implica ao proprietário taxa de apreensão, diária e multa na reincidência.
SERVIÇO
O recebimento de denúncias é de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h e das 14h às 16h. O atendimento das ocorrências será dentro do prazo de 48 horas úteis após a reclamação.
Endereço: Rua Presidente Castelo Branco, 93, Parque Castelo Branco.
Telefone: 3905-4220/3905-2156.
