Saldo de 282 empregos supera trimestre negativo

Mês de agosto fechou em alta na região, cenário que não era visto desde abril; comércio e agropecuária tiveram melhor desempenho

REGIÃO - THIAGO MORELLO

Data 22/09/2018
Horário 08:39

O mercado de trabalho na região de Presidente Prudente voltou a ficar positivo, após um trimestre fechado com números negativos. No mês de agosto, o saldo foi de 282 novas vagas de emprego, conforme dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados na tarde de ontem pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). O último mês relatado com mais admissões do que demissões foi abril.

Neste último mês, são 812 fechamentos contra 1.094 aberturas de postos de trabalho. E dentro desse parâmetro, o setor com o melhor desempenho foi o comércio, que fechou com superávit de 295 novas vagas. Na sequência, vem a agropecuária, com saldo de 88 admissões. No total, o Caged analisa oito setores.

Em análise da melhor performance, à frente do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Presidente Prudente e Região), o presidente Vitalino Crellis avalia a situação como uma recuperação da economia, mas ainda baixa, se for levar em conta as baixas que ocorreram nos últimos dois anos de crise. Ele ainda lembra que no mês de agosto tem o Dia dos Pais, por isso, há contratações temporárias para a data específica. “As coisas podem melhorar em outubro, quando há o início do preparo para o fim de ano”, estima.

Instabilidade

O setor de serviços sempre foi considerado e comprovado como um dos que mais contratam. Certo é que no mês de agosto o pior cenário ficou para o segmento, que mais demitiu do que contratou, e produziu um déficit de 183 vagas de emprego. Para o gerente regional do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), José Carlos Cavalcante, o que justifica o cenário é a instabilidade do mercado. “É meio difícil dizermos, porque a categoria também é a que possui uma reação mais rápida. Mas no momento, isso mostra um possível reflexo da falta de demanda, sendo assim, há um reajuste por parte das empresas, inclusive no quadro de funcionários”, explica.

Por ora, Cavalcante entende que “fica difícil” analisar um cenário positivo ou negativo, porque a economia ainda não produziu uma recuperação completa. “Com isso, há uma flutuação mensal, em que um mês se demite mais, outro contrata mais e assim vai se adequando”, expõe

Publicidade

Veja também