Nesta noite, às 19h, no Teatro César Cava, alunos de vários cursos da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), alguns intérpretes e alunos da ASSPP (Associação de Surdos e Surdas de Presidente Prudente e região) e como participante especial Léo Castilho, de São Paulo, provam a todos a importância que as mãos tem! O poder como elas falam, se expressam. Como? Por meio da Libras (Língua Brasileira de Sinais) em mais uma edição do Sarau em Libras da Faclepp (Faculdade de Artes, Ciências, Letras e Educação) com apresentações de teatro, música, dança e poesia.
A entrada é um quilo de alimento não perecível ou produtos de limpeza que serão repassados a entidades beneficentes de Presidente Prudente.
Valéria Isaura de Souza, integrante do NAI (Núcleo de Acessibilidade a Inclusão), professora responsável pela disciplina de Libras e coordenadora do evento, explica que tudo que envolve a língua portuguesa é representado no palco, em libras para os ouvintes participantes do evento. “O sarau deste ano vem representar o amor ‘Viva as diferenças’, todos somos diferentes em nossas particularidades seja religiosa, política, opção sexual, ou seja, não se tratando de deficiência, mas das diferenças que temos e precisamos nos respeitar, nos amar”, acentua a coordenadora.
“O sarau deste ano vem representar o amor. Todos somos diferentes em nossas particularidades seja religiosa, política, opção sexual, ou seja, não se tratando de deficiência, mas das diferenças que temos e precisamos nos respeitar, nos amar”
Valéria Isaura de Souza
coordenadora do evento
E acredite, segundo Valéria, eles esperam por esse dia ansiosamente, participam ativamente tanto sendo envolvidos nas apresentações, quanto na organização ou na plateia desfrutando de tantas coisas bonitas que são apresentadas.
“Ao final da noite todos saem beneficiados com um grande espetáculo! Essa inserção dessas pessoas, deficientes auditivos e surdos, é de extrema relevância porque a comunidade surda da cidade é carente em relação a eventos voltados para eles. Eventos que tenham intérpretes de libras para traduzir o que está sendo feito. Por isso o sarau é tão importante e organizamos todos os anos”, ressalta.
Estreitando relações
Sobre a parceria, o estreitamento da relação que ocorre entre a comunidade acadêmica e a associação, a professora que é também voluntária da entidade enfatiza que é uma satisfação muito grande. Um privilégio. “Além de permitir que a maioria dos seus atendidos possam participar, a entidade pode divulgar um pouco dos trabalhos referente a curso de libras, a socialização destas pessoas com a comunidade surda, pois tem muita criança que ainda não foi engajada. Então o que podemos afirmar é que essa junção é extremamente importante. Nada melhor para aprender a cultura dos surdos do que com eles mesmos”, garante Valéria.
A dedicação dos acadêmicos, desde a organização, confecção dos figurinos, ensaios até as apresentações finais do evento é outra observação, de acordo com a professora, que merece ser salientada. “A cada ano a participação deles aumenta. Eles se colocam a inteira disposição para que uma perfeita e intensa conexão aconteça com essas pessoas.