Segundo Acipp, descontos em lojas podem chegar a 70%

No período antes da virada de ano, alguns estabelecimentos promovem preços especiais, porém, de acordo com presidente da entidade, isso se potencializa em janeiro

PRUDENTE - SANDRA PRATA

Data 29/12/2018
Horário 06:33
José Reis - Promoções ajudam a manter o fluxo de dinheiro no comércio
José Reis - Promoções ajudam a manter o fluxo de dinheiro no comércio

É tempo de promoção! Nesse período pós-Natal e pré-ano-novo o que vale é a criatividade para manter o fluxo de público nas lojas do comércio. De acordo com o presidente da Acipp (Associação Comercial e Empresarial de Presidente Prudente), Ricardo Anderson Ribeiro, as lojas já possuem no cronograma interno esse período de preços especiais que, segundo expõe, embora se potencializem em janeiro, chegam até 70% a menos para os bolsos. Neste contexto, frisa que a época é importante não apenas para aqueles que pretendem pagar mais barato, mas, “principalmente, para manter o giro do comércio local”.

Embora Ricardo ressalte que o foco das lojas seja no primeiro mês do ano, as promoções têm o objetivo de renovação de produtos. Sendo assim, já é uma tradição dos prudentinos a busca por preços mais baixos de itens mais antigos da loja. “Principalmente no segmento de eletrodomésticos, muita gente espera essa época para comprar geladeira, fogão, as grandes franquias começam com as liquidações e as lojas menores acompanham o fluxo”, comenta. 

Para evitar que o curso de pessoas diminua entre as festas, a empresária Thalita de Castro Góes já preparou promoções até dia 29 na Nova Moda Store. De acordo com ela, possui peças de vestuário com até 40% de desconto no pagamento à vista em dinheiro. Enquanto no cartão de débito e crédito o desconto sai por 25% e 20%, respectivamente. “Parcelado no cartão damos 15% de desconto. Nós percebemos que, nos dias depois do Natal, o pessoal já entra na loja procurando promoções, alguns perguntam, outros ficam olhando para ver se encontram”, relata. Entre os mais procurados, destaca blusas e shorts de cores claras, além do “tradicional” branco. “Nossos preços começam em R$ 79, e com as promoções ficam ainda melhores”, diz.

Na Canela Moda Plus Size a promoção já começou e segue até o início de fevereiro, com roupas a partir de R$ 19,90. Segundo a vendedora Tatiane Fernanda dos Santos, os descontos chegam a 10% no dinheiro. “Já é tradição desse período, mas trabalhamos com preços muito bons durante o ano e por se tratar de plus size [que normalmente possui valor mais caro no mercado], os clientes gostam dos valores, a ideia dos descontos é chamar ainda mais pessoas”, expõe.

Enquanto isso, na Menina Mulher, a vendedora Helena Maria Ramos Mota explica que a loja adota o método de preços mais baratos ao invés de promoções sazonais. “Temos uma arara que traz qualquer peça por R$ 20, blusinhas, shorts, saidinhas de praia. A procura é sempre boa nessa época de fim de ano”, explana. Além da promoção fixa, destaca que os mais procurados na última semana foram itens de praia, biquínis e maiôs, que saem por R$ 55,90. “Temos tudo para as vendas serem melhores que no ano passado, as pessoas estão mais otimistas”, comenta.

Cuidados necessários

Todo cuidado é pouco quando o assunto são compras. Por isso, a Fundação Procon-SP (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor São Paulo) compartilha algumas dicas para redobrar a atenção. Conforme o órgão, é preciso verificar atentamente o estado do produto comprado, funcionamento, manual de instruções em língua portuguesa e se o conteúdo da embalagem confere com a realidade. “No caso de itens vendidos com pequenos defeitos, roupas manchadas ou descosturadas, é preciso que sejam detalhados em notas fiscais ou recibos, pois para esse tipo de problema não há garantia”, informa.

Fora isso, o Procon reforça que a lei não obriga fornecedores a trocar produtos por motivos de cor, tamanho ou gosto. “Nestes casos, a loja só poderá trocar a mercadoria caso tenha prometido, sendo assim, é preciso que esse compromisso esteja escrito em etiquetas ou nota fiscal”, acentua. Em casos de defeito, denota que o fornecedor tem 30 dias para resolver a situação. “Se não o fizer, o consumidor terá direito de exigir troca de mercadoria por outra igual ou a devolução da quantia paga com correção monetária. Pode, ainda, optar pelo abatimento proporcional do preço”, reforça o órgão.

SAIBA MAIS

Nas compras realizadas pela internet, a Fundação Procon-SP avisa que o consumidor pode desistir da aquisição em até sete dias após o recebimento da mercadoria ou da assinatura do contrato. Nesses casos, o consumidor deve formalizar, por escrito, a sua desistência e, se preciso, devolver o produto recebido. A devolução deve ser integral de qualquer valor que tenha sido pago, somadas as despesas com frete.  

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