Em julho, a Prefeitura de Presidente Prudente anunciou a chegada de sete câmeras inteligentes e de alta definição para testes de monitoramento com vídeo analítico, que seriam instaladas em pontos estratégicos e de maior fluxo na cidade, conforme noticiado por este diário. Em tais locais, a estimativa era de que houvesse uma redução de 25% nas infrações cometidas, seja de trânsito ou até mesmo policiais. Ainda em fase de testes na cidade, sem a aplicação efetiva de multas nas ocorrências registradas, o resultado favorável da experiência levou a Semob (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Cooperação em Segurança Pública) a apresentar hoje um projeto ao chefe do Executivo, Nelson Roberto Bugalho (PTB), que deve propor a instalação de 200 câmeras em pontos públicos, como escolas, praças e vias e postos de saúde. A previsão de investimento é R$ 3 milhões. Abaixo uma entrevista com o titular da pasta, Adauto Lucio Cardoso, sobre a experiência com os recursos.
De onde surgiu a ideia de trabalhar com este tipo de recurso na cidade?
Estivemos, eu e o prefeito em uma feira na cidade de São Paulo, que tratava de tecnologia e segurança, onde vimos a ideia e começamos a trabalhar essa intenção de trazer o monitoramento. Em seguida, fomos até Ourinhos (SP) visitar o sistema existente lá no monitoramento da cidade, quando colocaram mais ou menos 1,5 mil câmeras e que ajudaram a solucionar diversos tipos de problemas, como furtos e demais delitos. A iniciativa é da Prefeitura, por meio da Semob, em parceria com a empresa multinacional Genetec, através do representante Venses Technology, que realizou a doação do software e dos equipamentos para a central de monitoramento. Hoje temos sete câmeras em fase de testes.
Como foi este processo de instalação e primeiras impressões?
Desde quando começamos, chegamos até a mudar de local algumas câmeras para ver o comportamento do trânsito e das pessoas. Não finalizamos os testes ainda, mas já fizemos um projeto que devo apresentar amanhã [hoje] como uma proposta à Prefeitura de instalação de 200 câmeras em locais públicos, como escolas, praças e postos de saúde e locais. Para que isso seja possível, precisaremos buscar recursos e aprimorar a ideia.
Como se deu o processo de escolha dos pontos em que foram instalados?
São pontos estratégicos pelo fluxo de pessoas e veículos. Atualmente estão distribuídas da seguinte forma: três no calçadão de Presidente Prudente, uma na Washington Luiz, entre as ruas Belo Horizonte e Florianópolis, outras na Avenida Coronel José Soares Marcondes, em frente à Semob, e as duas últimas na Avenida Manoel Goulart, próximo da rotatória.
Já foi possível registrar flagrantes necessários para a investigação de crimes, como roubos, furtos, violência, maus-tratos a animais, vandalismo, pichações e descarte irregular de lixo?
Em alguns pontos conseguimos descobrir acidentes, tentativas de arrombamentos e delitos que nos mostraram como é importante um serviço como este. Outra conquista que em breve teremos e anunciaremos será a parceria com uma empresa que doará 20 pontos de câmeras de segurança para o monitoramento do descarte irregular de lixo e que nos ajudará no combate a este problema. Ainda estamos em negociação e definição dos pontos.
Qual fala deixa para os munícipes sobre a participação nesta iniciativa?
De forma geral, a iniciativa privada e a população poderão compartilhar as imagens de residências, lojas e estabelecimentos e condomínios. Com câmeras compatíveis com a tecnologia para compor o banco de dados, podendo nos unir para compartilhar suas imagens, contribuindo com a segurança local.