Em um almoço com a imprensa, executivos da TIM apresentaram a expectativa com relação à chegada comercial da rede 5G no país em 2021. Os primeiros testes desta tecnologia já foram executados e, segundo a operadora, a experiência ao usuário é significativa em termos de velocidade e deve impactar diretamente em diferentes campos da atividade humana, como a Medicina.
Está previsto para o segundo semestre de 2020 o leilão da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para a frequência. Esta é a projeção do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Segundo o vice-presidente de Suporte Operacional da TIM, Bruno Gentil, o atual cenário é de homologação técnica. “O 5G pode ser a alternativa a áreas onde a fibra não chega. É uma aposta importante, que exige troca de antenas e latência para garantia de qualidade”, destaca.
Os testes são realizados em aplicações, produtos e serviços de forma a promover a tecnologia e os novos modelos de negócio. Desta forma, o 5G vai exigir mais torres do que as existentes e as cidades com legislações prontas a acolher estas implantações facilitarão a aprovação destes dispositivos.
“Não são as mesmas torres que vemos hoje. A TIM desenvolveu o modelo biosite, que basicamente é como um poste de iluminação pública, com os equipamentos em seu interior. São ambientalmente menos agressivas que as atuais”, fala o CTIO da TIM Brasil, Leonardo Capdeville.
NA PRÁTICA
Como exemplo de aplicabilidade, Capdeville cita uma ultrassonografia feita em uma gestante a distância, com uso da 5G, por meio de uma luva inteligente (com sensores). “A médica coordenou todos os movimentos, que foram executados por uma assistente. Isso ampliará as possibilidades de atuação em ambientes menos estruturados, em termos de saúde, por exemplo”, lembrando que ela ocorre devido à baixa latência, ou seja, a principal característica da rede 5G será a diminuição da resposta de conexão entre o comando e a máquina (segundos de gap entre ação e execução da tarefa).
A companhia também optou por atuar no engajamento de empresas de tecnologias, fundações e instituições de pesquisas, academia e ambientes empreendedores, para o desenvolvimento de aplicações, produtos e soluções baseadas no 5G. “Queremos que esta comunidade de desenvolvedores comecem a pensar no 5G”, acrescenta o CTIO.
O evento foi conduzido por Pietro Labriola, CEO da TIM Brasil, que em seu discurso disse que “quer fazer parte de um Brasil que ganha”. Ele também comentou sobre a avaliação de compra da Oi, caso os ativos da operadora sejam realmente colocados à venda.
