Turismo receptivo é discutido em encontro

Representante da Secretaria Estadual de Turismo, Virgílio Carvalho, esteve ontem em Prudente, e falou sobre o desenvolvimento do setor

REGIÃO - MARCO VINICIUS ROPELLI

Data 05/03/2020
Horário 04:02
Isadora Crivelli - Empresários, representantes do poder público e da sociedade civil participaram do encontro
Isadora Crivelli - Empresários, representantes do poder público e da sociedade civil participaram do encontro

Nunca o turismo regional esteve tão em evidência. Discussões crescem entre grupos políticos, públicos e empresariais. Ontem pela manhã, no salão da Churrascaria Guaíba, em Presidente Prudente, em palestra organizada pela UEPP (União das Entidades de Presidente Prudente e região) e pela Aviesp (Associação das Agências de Viagens do Interior do Estado de São Paulo), Virgílio Carvalho, representante da Secretaria Estadual de Turismo, falou sobre a importância do “turismo receptivo”, e houve anúncios de importantes planos estaduais de fomento ao turismo no interior.

Estava prevista a vinda do próprio secretário, Vinícius Lummertz, entretanto, com compromissos em Brasília (DF), ele mandou um vídeo com recomendações a seu representante, o diretor técnico da secretaria, professor Virgílio Carvalho. O diretor afirma, a O Imparcial, que veio a Prudente trazer algo que é uma “grande preocupação”. “É preciso que valorizem o seu turismo receptivo, é algo que vem de dentro para fora”, pontua. Virgílio vai além, e diz que a cidade só é boa para o turista se for boa ao cidadão.

“Todo destino é potencial, desde que o turista seja bem recebido”, ressalta o diretor-técnico ao comentar sobre a potencialidade de Prudente e região. “A região tem que ser como um todo, não existe turismo de uma cidade só. Prudente vem crescendo nesse sentido, desde o início do governo Doria [PSDB], o número de voos cresceu 15,6%”, destaca.

STOPOVER E

INVESTE SP

O governo estadual, na oportunidade, ainda anunciou e explicou dois importantes planos de fomento ao turismo no interior. O coordenador do Núcleo de Financiamentos e Investimentos da Investe SP, Eduardo Madeira, afirma que o programa, já existente, mas agora voltado ao turismo, está realizando ações de captação de investimentos, oportunidade de negócios e, principalmente, linhas de financiamentos de bancos parceiros.

De maneira simplificada, por intermédio do Estado, bancos parceiros como Desenvolve SP, Banco do Brasil, CEF (Caixa Econômica Federal) e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) oferecem condições diferenciadas, como tempo expandido para pagamentos de empréstimos e menores taxas de juros, a todos os municípios do Estado, especialmente os de potencial turístico e a empresários do ramo.

Outro anúncio de relevância é o StopOver, o qual possibilita que passageiros permaneçam, por exemplo, por três dias em Campinas, São Paulo ou Guarulhos – que possuem os três aeroportos participantes – sem que precisem pagar por uma nova passagem, antes de embarcar para o destino final.

Um exemplo: um turista que pega um avião de Prudente para o Rio de Janeiro poderá fazer uma parada de três dias em Campinas, sem que seja necessário um novo tíquete. De acordo com o presidente da UEPP, Marcelo Fritschy, esta parada é comum em outros países e vem chegando aos poucos ao Brasil. “A pessoa pode parar para conhecer a cidade, ou para reuniões, ou até para atendimentos médicos. A permanência gera receita para a cidade”, salienta.

REGIÃO NO MAPA

DO TURISMO

O presidente da Aviesp, Marcos Antônio Carvalho Lucas, descreve os pontos turísticos da região de forma a demonstrar seu potencial: Cidade da Criança, Santuário de Santo Expedito, Santuário Morada de Deus, em Álvares Machado, Parque Estadual do Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio, balneários e praias fluviais. “O turismo pode desenvolver regiões e até países. Veja a Itália, 80% do PIB [Produto Interno Bruto] é do turismo, que agora sofre com o coronavírus”, analisa.

Tanto Lucas como Fritzchy possuem a mesma visão sobre a atuação das entidades frente ao turismo, reiteram isso lembrando ações como a luta pela reativação da via férrea e pelo aumento de voos no aeroporto, desejam, portanto, o desenvolvimento regional.

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