Vacinação contra a Influenza é de responsabilidade coletiva

EDITORIAL -

Data 11/05/2018
Horário 08:44

Durante plena campanha de vacinação contra a gripe, o município de Presidente Prudente confirmou o primeiro caso de Influenza A, ontem. Além disso, outras cinco suspeitas ainda aguardam pela confirmação do Instituto Adolfo Lutz. Conforme a VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal), no que tange à adesão da campanha de imunização, chama atenção o pequeno percentual das crianças, de apenas 18% - inclusive, um dos casos suspeitos de infecção pelo vírus é de um bebê. Em seguida, o menor percentual é das gestantes (24%), segmento ao qual pertencia a vítima confirmada da Gripe A, uma grávida de 36 anos.

É importante que a população aproveite a oportunidade de imunização gratuita nesse momento em que à mesma está à disposição. A prática de “deixar para a última hora” comum nesse país, precisa ser limada da cultura brasileira. Tanto é verdade que noticiamos hoje também encerrar o prazo para a biometria com mais de 21 mil eleitores que não realizaram o cadastramento, e tiveram seus títulos cancelados (quase 20% do total do eleitorado que deveria cumprir com a regularização).

No entanto, no caso da vacinação contra o vírus H1N1 e seus “derivados” trata-se de um problema de saúde pública. É notória a disseminação rápida do vírus, diante da facilidade do contágio. A falta de preparo e estrutura para lidar com a gripe gerou no passado inclusive levou ao esgotamento do estoque de vacinas em centros de imunização particulares em Prudente, no ano de 2016, com o ressurgimento dos casos da doença – levando, inclusive, ao óbito em alguns casos. Segundo o Ministério da Saúde, em todo o país, foram hospitalizadas 12 mil pessoas com a doença, sendo mais de 2 mil mortes por conta da patologia – a maio parte (mas de 800) no Estado de São Paulo.

A vacinação não tem o objetivo de imunizar uma pessoa, mas de proteger toda a população do país das formas graves da infecção gerada pela influenza, transmitido por meio de secreções ou contato com objetos de pessoas infectadas. Estamos inclusive a pouco mais de um mês do inverno, em 21 de junho, época propícia à circulação do vírus. O descaso com o compromisso com a imunização coloca não só uma vida em risco, mas a de todas as pessoas que se relacionam com aquele indivíduo contaminado. A população deve ser conscientizada sobre a importância desse ato, para que, enfim, consiga atingir uma compreensão profunda sobre as responsabilidades de se viver em comunidade.

 

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