Venda de vinhos deve crescer até 30% em Prudente

Comerciantes afirmam que os tintos são os mais pedidos e ressaltam que há um tipo de produto indicado para cada ocasião

PRUDENTE - GABRIEL BUOSI

Data 18/11/2018
Horário 05:38
Marcio Oliveira - Vendas de fim de ano são tão significativas quanto as do inverno
Marcio Oliveira - Vendas de fim de ano são tão significativas quanto as do inverno

A venda de produtos que são tradicionalmente conhecidos por representarem bem a época do fim do ano já está aquecida em Presidente Prudente, como a comercialização dos bem-vindos e sempre adorados vinhos. Presentes nas confraternizações e ceias em família, a bebida já chega a registrar um aumento de 30% nas vendas, o que para os comerciantes, é sinônimo de época festiva em todos os sentidos, e para os clientes se torna uma chance de degustar ótimos sabores.

“O vinho chegou a ser elitizado há alguns anos, mas essa cultura vem sendo substituída pela massificação da bebida, o que é ótimo. A escolha da bebida deve partir da ideia de harmonização para com o alimento, mas os queridinhos do período são os vinhos tintos, leves ou mais encorpados, de acordo com a ocasião”, informa o responsável pela Grand Cru, José Eduardo Darci Pinheiro.

Na empresa, as vendas de fim de ano são “tão significativas” quanto as vendas do inverno, de acordo com José, o que representam as melhores épocas do ano para as empresas especializadas nas bebidas. Questionado sobre a procura, o empresário afirma que hoje ela está muito maior do que em anos anteriores, inclusive com a inserção de um público jovem como consumidor, diante da facilidade de se lidar com a bebida, seja para presentes, que, inclusive, são ótimas opções, ou para consumo próprio. “A venda é variada, tanto para homens quanto para mulheres. É importante lembrar que não é necessário ser um mestre sobre vinhos para poder degustar um bom produto, por isso as empresas especializadas estão ai”.

Na loja, que fica no Euromarket, a comercialização deve apresentar uma alta de 30% em relação aos meses de inverno, que também são ótimos períodos para vendas, o que traz boa expectativa para José. Em relação aos critérios de escolha, ele afirma que o melhor vinho será sempre aquele que agradar ao paladar do cliente, mas ele diz que algumas medidas podem ser tomadas para que a escolha se adeque ao paladar. “É preciso uma harmonia com a comida que acompanhará sua bebida. Normalmente os vinhos tintos são mais procurados para presentes nesta época do ano, com exceção aos espumantes. A lógica deve ser a seguinte: comida mais encorpada requer vinhos mais presentes e comidas mais leves para os vinhos mais leves, como brancos ou rose”, salienta.

Já no Empório Villa Real, conforme o proprietário, Edvaner Villa Real, o aumento nas vendas nesta época do ano deve chegar a 25% em relação aos demais períodos, sendo que na unidade os vinhos tintos também são os mais procurados. “A busca de três anos para cá cresceu muito e isso nos surpreende, ainda mais por Presidente Prudente ser uma cidade quente. Mas o uso está ligado à cultura cada vez mais, graças, principalmente, às mídias de comunicação que divulgam o produto”. Ele lembra, no entanto, que o aquecimento maior será a partir do dia 5 de dezembro, como nos anos anteriores, e ressalta que além do fim do ano, datas como Dia das Mães e Dia dos Pais se destacam em vendas. “Os que mais saem são os vinhos tintos suaves e menos encorpados. Penso que são ótimas opções para presentes e consumo com comidas natalinas”, finaliza.

Paixão que vem de anos

A estudante Larissa Rodrigues Biassoti, 20 anos, afirma que o amor pela bebida está ligado ao seu interesse pela cultura francesa, sendo que desde os 15 anos, quando ela começou a aprender a língua local, se sentiu motivada a conhecer a comida, bebida e os hábitos daquele país. “Eu ia aos mercados e ficava lendo os tipos de vinho, tentava descobrir depois qual era o melhor de acordo com os pratos, pesquisava sobre as uvas, e era até engraçado, porque eu era nova e era óbvio que não entenderia tão bem, pois não fazia parte do meu universo”.

Questionada sobre a procura pelo produto, ela afirma que o consumo se dá uma vez ao mês, fora os dias considerados como importantes, já que ela gosta de associar o consumo do vinho às boas lembranças e ocasiões especiais. “No dia a dia eu opto pela cerveja, mas quando o assunto é guardar memórias, eu não deixo de lado o meu vinho. Tanto que eu guardo as rolhas, escrevo num caderno o dia que consumi a bebida e o que ocorreu naquele dia. Eu sou fã de vinho tinto bem encorpado, e à uva Cabernet Sauvignon, que para variar é de origem francesa, da cidade de Bordeaux, um pulinho de Paris, é a minha favorita”. Como boa amante do produto, ela afirma já ter sido presenteada e ter presentado com vinhos. “É como presentar o interior da pessoa, você precisa conhecê-la para tal, e tem um significado imenso para mim”.

 

 

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