Violinista prudentina integrará Orquestra Sinfônica Heliópolis

Estreia da instrumentista que se formou na Escola Municipal Jupyra Cunha Marcondes está programada para dia 4 de março, no Teatro Municipal de São Paulo

VARIEDADES - OSLAINE SILVA

Data 18/02/2018
Horário 13:15
Arquivo pessoal, Depois de tanta dedicação ao aprendizado Natalia exibe imponência, beleza e graça ao tocar seu violino
Arquivo pessoal, Depois de tanta dedicação ao aprendizado Natalia exibe imponência, beleza e graça ao tocar seu violino

Filha de instrumentistas, com apenas 16 anos, após passar por processo seletivo, a violinista prudentina Natalia Rizzo Neto acaba de ser aprovada e ingressa na Orquestra Sinfônica Heliópolis do Instituto Baccarelli levando o nome da Escola Municipal de Artes Professora Jupyra Cunha Marcondes e de Presidente Prudente. Ela ainda não embarcou para a capital, mas sua estreia está programada para o primeiro domingo de março, dia 4, no Teatro Municipal de São Paulo.

A jovem diz que não sabe precisar ao certo quanto tempo, mas que foram quase dez anos de estudos e que essa conquista tem uma representatividade grande. “Foi um passo muito significativo. Minha gratidão pelo conservatório será por toda vida, porque, lá eu pude aprender e ter uma base muito boa para a minha vida musical. Todos os professores, as aulas que me ofereceram... Tudo foi de extrema importância para o que está acontecendo neste momento”, ressalta a instrumentista.

Natalia comenta que será um pouco estranho sair do aconchego familiar e ir embora, porque sempre foi muito próxima de seus pais e também dos amigos. Mas, tem certeza que aprenderá muita coisa estando longe de casa.

Além do compromisso com a orquestra, a violinista menciona que também terá aulas teóricas envolvendo história da arte, percepção musical entre outras variantes da música erudita, pelo Instituto Baccarelli.

Perguntado a ela se o fato dos pais serem instrumentistas - Samuel que toca saxofone e Andreia, clarinete - influenciou para que ela fosse estudar música, Natália diz que não, mas o incentivo que eles sempre lhe deram foi essencial para a sua escolha.

 

Empenho e dedicação

Apesar da pouca idade, Natalia tem maturidade suficiente para afirmar que os anos de estudo foram baseados em ir atrás de oportunidades e se dedicar ao máximo dando o melhor de si sempre. Ela enfatiza que o importante não é estudar para mostrar aos outros, mas sim para o seu crescimento próprio.

Natalia exalta que a música pode trazer muita satisfação e que muita gente não entende esse sentimento, porque não teve a oportunidade de realmente senti-lo.

“Para mim é muito gratificante quando nosso trabalho é valorizado, e quando ocorre o contrário, acredite serve de incentivo para querer executar cada vez melhor e mostrar como é bom fazer música. Um músico demora anos para ter uma técnica sólida e refinada e muitas pessoas que desconhece a nossa rotina não sabe o trabalho árduo e diário que precisamos ter antes de chegar a um objetivo!”, exclama a violinista.

 

Orgulho

Francis, professor de violino de Natalia não esconde a alegria pela conquista de sua aluna. “É uma satisfação enorme ver sua conquista. Um sentimento de dever cumprido enquanto professor. Assim como é uma honra fazer parte do corpo docente da escola que é tradicional de tantos anos de ensinamentos na cidade. Sou relativamente novo no cargo e estar conquistando esses resultados é de se orgulhar e bastante”, destaca orgulhoso o professor.

Com mais de oito anos à frente da Escola Municipal de Artes, a diretora Liliane Junqueira Felippe de Andrade compartilha do mesmo sentimento de Francis. Ela diz que se sente feliz em ver Natalia chegar aonde chegou, pois sempre foi uma aluna extremamente dedicada.

“Sabemos que isso não é para qualquer um. E ela está levando o nome da nossa escola, o aprendizado que teve aqui. Ficamos muito orgulhosos por tê-la em nosso quadro de alunos e agradecemos a confiança dos seus pais que acreditaram em nossos ensinamentos. Tivemos outra aluna que foi para Campinas e um aluno para Minas Gerais. Isso é o resultado de um trabalho sério, difícil, árduo que necessita tanto a dedicação dos alunos quanto dos professores”, acentua Liliane.

 

Acredite em seu sonho

Natalia que se prepara para fazer parte de uma importante sinfônica reconhecida no país pela inclusão social e cultural no bairro de Heliópolis, comenta que as maiores dificuldades que um músico enfrenta no interior é a falta de ambientes para poderem explorar mais o mundo musical e, principalmente os limites que existem.

“Meu conselho é que se você realmente gosta e pretende aprender, estudar para seguir isso como profissão, não desista e sempre lide com perseverança, porque se realmente gosta e é o que quer de fato, os obstáculos serão apenas detalhes”, encoraja Natalia.

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