"Ai que saudade que eu sinto das noites de São João, das noites tão brasileiras nas fogueiras, sob o luar do Sertão". Assim começa um dos textos de variedades da nossa edição de hoje. Com as palavras cantadas pelo Rei do Baião Luiz Gonzaga em 1954. Acredito que até quem não era assim tão fã das festas juninas(pois existe sim quem não goste) cá no interior de São Paulo, distante do lindo nordeste brasileiro está sentindo falta da alegria que era(que bom) inevitável em cada cantinho das cidades nessa época do ano! Em algumas tinham fogueiras, pau de sebo(em tempos mais antigos) batata-doce e milho assando nas cinzas, milho cozido, quentão quantinho. Hummmm que delícia dá até para sentir o sabor! Cachorro-quente, pipoca, amendoim torrado, bolo de milho, de fubá, doces diversos como paçocas, cocadas brancas ou pretas, doce de leite, ah meu Deussssss.
Pois é, quem imaginava que o interior paulista e principalmente o nordestino ficaria assim sem suas ricas e tão iluminadas festas juninas! Lá se vão dois anos e devido à pandemia desta Covid-19 causada por este novo coronavírus, além de entristecer os corações dos forrozeiros, com os cancelamentos da maior festa popular do interior nordestino o que desespera é o impacto econômico direto que isso acarreta. Na matéria que estamos trazendo fala especificamente de Petrolina (PE) que deixa de movimentar mais de R$ 230 milhões. O novo pátio de eventos da cidade não vai receber as 700 mil pessoas que eram aguardadas para a inauguração. O município sede de um dos maiores "arraiás" do Nordeste investiu quase R$ 3 milhões na obra, valor usado apenas na demolição de um antigo mercado público e em obras de infraestrutura, como asfalto e instalação de postes.
“Muitos com certeza podem dizer, ah, mas para que gastar tanto dinheiro numa coisa dessas?”. “Por que não investir em algo que fosse gerar empregos? Pra que injetar verba em um barracão para festas?”
Acontece que pronto o local, com a realização de eventos a geração de renda, seria de 18 mil postos de trabalho diretos e indiretos.
Conseguem entender? Fora o que é aquecido em todo o restante do município como nos setores de hotelaria, bares, restaurantes, etc.
Sem contar que dançar, cantar, sorrir e ver gente feliz não tem dinheiro que pague!