É Ford!

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista que mata a cobra e esconde o pau(epa!).

COLUNA - Sandro Villar

Data 13/06/2021
Horário 05:55

Acho que vocês pensaram besteira quando leram o título da crônica, não é mesmo? Não se trata daquele papo do "só pensa naquilo", mas, por falar nisso, outro dia vi, em Prudente, uma motocicleta com uma placa curiosa: FOD. Assim mesmo, com F, O e D. Das duas, uma: ou o diretor do Detran é um tremendo gozador ou um distraído por permitir o uso de tal placa, digamos, "pornô".

Depois de dar uma boa "enrolada e de encher linguiça e outros embutidos", levando vocês na conversa, vamos ao que interessa. O assunto é a Ford, a fábrica de carros criada por Henry Ford, um capitalista de verdade, também assunto aqui, claro.

No Brasil, os dias estão assim e me lembrei do samba "Depois que o Tá Ruim chegou nunca mais melhorou", sucesso do MPB 4. Coincidência? Pode ser. Me lembrei do Henry Ford depois que a Ford fechou a fábrica de caminhões em São Bernardo do Campo.

Pelo menos três mil funcionários foram para o  olho da rua, se é que rua tem olho. Isso sem contar os mais de 15 mil trabalhadores das fábricas de autopeças, fornecedoras da Ford. Restaurantes, padarias, bares e outros comércios, nas imediações da Ford, também entraram bem.

Falei que o Henry Ford era capitalista de verdade e era mesmo. Ele dizia que fabricava carros para que seus funcionários também pudessem comprá-los. "Não é o empregador que paga o salário: é o cliente", comentou certa vez, acrescentando que "o cliente pode ter o carro na cor que quiser, contanto que seja preto".

Ford era um gozador, esse papo da cor do carro era uma alusão ao modelo Ford Bigode, nos anos 20 do século passado, que só era produzido pintado de preto. Mas aí surgiu a concorrência, uma tal de GM, que passou a fabricar carros nas mais variadas cores.

Ford, que elogiava os trabalhadores com mais de 50 anos pela experiência, era um otimista de nascença. "Os que desistem são, em maior número, aqueles que mais fracassam", dizia ele(Pepe Mujica falou algo parecido). Segundo Henry Ford, "os dias prósperos não vêm por acaso; nascem de muita fadiga e persistência". 

Ainda nesta linha de pensamento otimista, o dono da Ford foi mais além: "Não encontro defeitos, encontro soluções. Qualquer um sabe queixar-se". Ele disse também que "o idealista é uma pessoa que ajuda os outros a prosperar".

Sobre negócios que fracassam, Ford observou que "nossos fracassos são, às vezes, mais frutíferos do que nossos êxitos". É aquela velha história de que o fracasso pode ser um bom aprendizado. Ainda sobre negócios, Ford contou que "um negócio que não rende nada, além de dinheiro, é um mau negócio".

O fundador da Ford também teceu considerações sobre o dinheiro, mesmo não sendo tecelão: "O dinheiro não muda o homem, apenas o desmascara". Em outro aforismo genial comentou: "Não nos tornamos ricos graças ao que ganhamos, mas com o que não gastamos".

Pode parecer sovinice, mas quem quer encher o cofrinho, para ter uns caraminguás a mais, deve mesmo evitar a gastança, como ensinava Henry Ford, um dos pais do automóvel e, pelo jeito, um respeitável educador financeiro.


 

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