Gripe parece bobagem, mas também mata!

EDITORIAL -

Data 09/06/2021
Horário 04:15

Quem nunca na vida pegou um forte resfriado? Tosse, espirros, nariz congestionado, cansaço, dor no corpo e, em alguns casos, até mesmo uma febre. Hoje, quando aparecem dois ou mais desses sintomas, já é motivo de alerta. A Covid-19 está aí e já contaminou quase 17 milhões de pessoas no Brasil.
A gripe, porém, não deixou de existir. Está entre as viroses mais frequentes em todo o mundo. Pode causar complicações, principalmente em crianças pequenas, idosos, gestantes e pessoas com problemas de saúde. E até mesmo levar à morte. No ano passado, conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde, São Paulo registrou 809 casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) atribuíveis ao vírus Influenza e 119 óbitos. 
A boa notícia é que essa doença pode ser prevenida há alguns anos através da vacinação. Com a campanha, realizada anualmente em todo o país, espera-se diminuir as internações por casos graves e complicações, que é o que acaba tendo maior impacto sobre a saúde pública. 
Neste ano, ela começou no dia 12 de abril, imunizando crianças de 6 meses a 6 anos, povos indígenas, trabalhadores da área da saúde, gestantes e mulheres puérperas. A cobertura, no entanto, foi abaixo do esperado.
De acordo com os dados da VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal), divulgados ontem, a cobertura vacinal da gripe em Presidente Prudente atingiu até o momento, 36,1% do público-alvo, totalizando 33.806 doses aplicadas. A cidade alcançou 8.621 crianças, o que representa 57,5%. Do grupo das gestantes, 943 receberam o imunizante, o que equivale a 45,4%. Em relação às puérperas, 188  foram vacinadas, uma cobertura de 55,1%. No caso dos profissionais da saúde, a adesão foi de 47,4% com 5.556 doses aplicadas.
A segunda fase, encerrada ontem, foi dedicada a idosos com mais de 60 anos e professores. Da mesma forma, seguiu registrando baixos índices de imunização, com coberturas de 40,4% (17.168 doses) e 43,8% (1.311 doses), respectivamente.
Nesta quarta-feira, inicia a terceira e última etapa, quando serão vacinados integrantes das Forças Armadas, de segurança e de salvamento; pessoas com comorbidades, condições clínicas especiais ou com deficiência permanente; caminhoneiros; trabalhadores de transporte coletivo rodoviário; trabalhadores portuários; funcionários do sistema de privação de liberdade; população privada de liberdade; e adolescentes em medidas socioeducativas.
Até o dia 9 de julho, todas as pessoas pertencentes a estes grupos - contemplados em qualquer uma das etapas - podem e devem comparecer a um posto de saúde, das 7h30 às 16h30, para se imunizar contra a gripe. A vacina é totalmente segura e não causa a doença, pois é composta apenas de fragmentos do vírus que garantem a devida proteção. 
Nos próximos dias, entramos no inverno, que é a estação de maior circulação do vírus. Por isso, toda medida preventiva é necessária para cuidar de si e do próximo. Limpar as mãos regularmente, evitar tocar nos olhos, nariz ou boca; manter distanciamento físico de outras pessoas; cobrir a boca e o nariz com o cotovelo ao tossir ou espirrar, inclusive de máscara. Ações corriqueiras, mas que fazem toda a diferença. Afinal, a gripe também mata!
 

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