Os bispos brasileiros se reuniram de modo online na 58ª Assembleia Geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), de 12 a 16 de abril. Como sói acontecer, o papa enviou-lhes uma mensagem cujo conteúdo destaco pontos a seguir.
O papa Francisco dirigiu-se a cada brasileiro e brasileira que neste “amado país enfrenta uma das provas mais difíceis de sua história”, manifestando proximidade “a todas as centenas de milhares de famílias que choram a perda de um ente querido”. Recorda que “o anúncio pascal renova a esperança nos nossos corações”, exortou: “não podemos dar-nos por vencidos”. Afinal, “a nossa fé em Cristo Ressuscitado nos mostra que podemos superar esse momento trágico. Nossa esperança nos dá coragem para nos reerguermos. A caridade nos impulsiona a chorar com os que choram e a dar a mão, sobretudo aos mais necessitados, para que possam voltar a sorrir”. Diretamente aos bispos, o papa afirma ser “possível superar a pandemia e suas consequências... sobretudo se estivermos unidos! A Conferência Episcopal – reforça – deve ser UNA neste momento, pois o povo que sofre é uno”.
Francisco, referindo-se à sua visita ao Brasil em 2013 quando discursou em Aparecida, disse: “a Igreja deve ser instrumento de reconciliação”, e explicou: “ser instrumento de reconciliação, ser instrumento de unidade. Essa é a missão da Igreja no Brasil: hoje mais do que nunca! Para tal, é preciso deixar de lado as divisões, os desentendimentos. É preciso nos encontrar no essencial. Com Cristo, por Cristo e em Cristo reencontrar à ‘unidade do Espírito, pelo vínculo da paz’ (Ef 4,3)”. Essa atitude dos bispos poderá, segundo o papa, inspirar católicos, cristãos e gente de boa vontade a “trabalhar juntos para superar também outro vírus que há muito tempo assola a humanidade: o vírus da indiferença, que nasce do egoísmo e gera injustiça social”.
O santo padre sabe que “o desafio é grande”, mas “sabemos que o Senhor caminha conosco” (até o final dos tempos). Urge manter os olhos fixos em Jesus. “Nele está a nossa base, a nossa força e a nossa unidade”, completou. Por fim, desejou aos bispos que a Assembleia “produza frutos de unidade e reconciliação para todo o povo brasileiro e na Conferência Episcopal... Unidade que não é uniformidade, mas harmonia” doada pelo Espírito Santo. E implorou à Nossa Senhora Aparecida “fomente entre todos os seus filhos a graça de serem defensores do bem e da vida dos outros, bem como promotores da fraternidade”; deixou aos bispos e ao povo a sua bênção, pedindo que rezemos por ele também.
Seja bom o seu dia e abençoada a sua vida. Pax!!!