“O Amor Tem Muitas Faces” (“Love Has Many Faces”) foi um melodrama produzido em 1965 e um dos últimos filmes no cinema da carreira da atriz Lana Turner. No filme, ela é Kit Jordan, uma mulher rica casada com um belo rapaz (Cliff Robertson), que já foi acompanhante de mulheres maduras. Num verão em Acapulco, um colega de seu marido é encontrado morto na praia com uma pulseira feminina onde se lê: o amor é como gelo fino. Enquanto a polícia desvenda o crime, o casal passa por uma crise enquanto outros cafetões disputam mulheres solitárias e dispostas a pagar por uns momentos de diversão. No elenco do melodrama, a presença de Stefanie Powers, Hugh O´Brian e Ruth Roman. Lana Turner esbanja beleza madura tendo sido uma das deusas da Metro-Goldwyn-Mayer por duas décadas, aqui aos 44 anos (1921-1995)
“Você não tem mais idade pra usar isto?”
Existe uma verdadeira patrulha gerontofóbica que torce o nariz quando uma pessoa de mais idade usa supostamente uma peça que seria adequada para alguém mais jovial. Pode ter algo mais ultrapassado que isto? Continuar rotulando quem deve usar o quê, e usar uma moda específica para cada geração, é permanecer insistindo em padrões estabelecidos, impostos de beleza e liberdade para a juventude. Ir à praia de biquíni é um direito da mulher de todas as idades, colocar uma sunga não é um crime para os homens grisalhos, colocar uma bermuda florida não é querer ser garotão e usar uma saia mais curta não representa ser cocotinha. A liberdade da moda é um dos direitos do envelhecer: cada um usa o que quer, o que se sentir confortável e se sentir bem. A patrulha dos dedos em riste se renova, mas permanece imbatível ao longo das gerações: não é apenas o jovem que critica o vestuário de pessoas maduras, mas principalmente, seus próprios contemporâneos. Patrulhadores das celulites alheias, críticos das barriguinhas foras de forma, acham que o natural seja esconder o que eles não julgam bonito, como se a moda de um país tropical representasse única e exclusivamente um desfile de beleza. Moda é o arejamento do comportamento de um povo em uma época. Achamos cafonas itens que achamos lindos à época como sapatos sola alta tipo cavalo de aço, camisa sem gola flamel, calças boca-de-sino e cacharrel gola alta, e vai ser sempre assim. Moda é antes de tudo atitude. Que cada um use o que lhe for conveniente e confortável. E deixemos de lado frases como: “Aproveita agora enquanto você pode”, ou “Aquela coroa está pagando de mocinha”. A gente é que está pagando de chato há muito tempo.
Dica da Semana
TV por Assinatura
“And Just Like That”:
Um novo capítulo de “The Sexy and the City”. Quase duas décadas após a série de sucesso, elas estão de volta: Carrie (Sarah Jessica Parker), Miranda (Cynthia Nixon) e Charlotte (Kristin Davis). Agora envoltas com questões típicas de meia-idade: a perda da juventude, a pressão estética de envelhecer, casamentos que se transformaram em divórcios, filhos crescendo e novas aspirações profissionais. Na Warner e TNT.