​O Espadachim, um cronista a favor da formiga e contra o formigamento.

Sandro Villar

COLUNA - Sandro Villar

Data 04/07/2021
Horário 08:24

O que é o Brasil hoje em dia e hoje em noite? Um barril de pólvora? Um rastilho de pólvora? Ou seria a casa da Mãe Joana? Confesso que não sei e quem souber que faça o favor de me avisar.

Casa da Mãe Joana? Pois é, dona Zezé, pelo menos a Mãe Joana tem casa, enfim, residência fixa, como diz o jargão policial. Só não se sabe se ela tem casa própria ou alugada, mas este detalhe não tem a menor importância na narrativa deste ínclito e aristocrata cronista.

Pelo menos a prezada Mãe Joana tem onde morar, ao contrário de milhões de brasileiros, como os que são denominados de moradores em situação de rua. Eles estão na Rua da Amargura, onde o carteiro não entrega correspondência. 

Apenas em São Paulo o número de moradores de rua mais do que dobrou e, hoje, eles somam pelo menos 30 mil brasileiros e brasileiras. É de cortar o coração. São os sem-teto. São famílias inteiras morando nas ruas, pontes, viadutos e similares. Por causa da pandemia, muitos perderam o emprego e foram despejados.

Dá para observar que os brasileiros estão tensos, principalmente os idosos. Dá a impressão de que a maioria não tem paciência com nada e uma palavra mal colocada já é motivo pro pessoal sair no tapa. Ou sair no braço e no antebraço. Tensão no ar.

Foi o que aconteceu outro na fila dos idosos em uma lotérica da cidade. Um senhor de uns 60 Carnavais - ou Natais, sei lá - demorou mais do que o razoável no guichê, onde era atendido por uma bela funcionária.

"Acho que ele está paquerando a moça e não apenas pagando o monte de contas que levou pro guichê", ironizou um senhor mais magro do que a Olívia Palito. O homem que pagava as contas ouviu e não gostou.

Por fim, depois de pagar as contas, ele se interessou por um bilhete da loteria federal: "Quero vaca!", falou pra funcionária. O diabo é que ela não encontrou facilmente o bilhete com o número da "esposa do touro".

O senhor Palito mais uma vez "ficou invocado" e zombou de novo: "Já que você não achou a vaca, compra uma bezerra e espera ela crescer", disse o magrinho e não sei se é politicamente correto chamar alguém de magrinho nestes tempos tensos.

Ao sair da casa lotérica, ele foi tirar satisfações com o Palito. Houve empurrões e a coisa só não engrossou porque uma senhora, que pilotava uma motocicleta, interveio com a ajuda da turma do "deixa disso". 

"Muito bonito, seus moleques. Brigando na fila dos idosos por besteira. Péssimo exemplo para os netos", vociferou a velhota, que ainda dá meia-sola. Depois, ela "roncou" a moto no maior volume e saiu em disparada, tendo antes comentado que seu sonho é pilotar ao lado do Bolsonaro, quando ele visitar Prudente. 

 

DROPS

 

Como é que fica agora: pelo menos na conta de luz a nossa bandeira é vermelha.

 

Quem semeia vento colhe furacão.

 

A pior queda é quando se cai no esquecimento.

 

Estamos todos no mesmo planador? Carece averiguar.

 

Vai reformar ou construir?

CASA DAS TINTAS, a loja do Élcio, tem as melhores tintas. Entregas em domicílio. 3907-7500 e 99132-0716. Av. Ana Jacinta, 1.663.


 

 

Publicidade

Veja também