A edição de hoje traz um balanço sobre a situação do HIV em Presidente Prudente. Conforme o levantamento do Programa DST/Aids, no ano passado o número de diagnósticos positivos saltou de 109 para 116, um aumento de 6,4% em comparação ao ano retrasado. O cenário causa preocupação, ao levar em conta que no século rodeado de informações e orientações, ainda existe aumento nos casos relacionados à doença.
Antes de tudo, é preciso falar sobre a diferença entre termos: o HIV é o vírus causador da aids, que ataca células específicas do sistema imunológico, responsáveis por defender o organismo contra doenças. Ou seja, ter HIV não significa que a pessoa desenvolverá aids. Essa confusão, atrelada ao tabu na comunidade, faz com que as pessoas tenham receio em procurar ajuda, seja, inclusive, por falta de conhecimento sobre o vírus e a doença.
Durante todo o ano, são desenvolvidas campanhas com informações sobre como se proteger, incentivando o uso do preservativo, seja masculino ou feminino. Há também a distribuição dos mesmos em postos de saúde, o que não justifica a falta de orientação. Muito pelo contrário, informação tem a todo momento, mas acontece que, no momento do prazer, essa parcela acometida pelo vírus – e outra que por sorte não o contraiu, esquece dos ensinamentos básicos, que são explicados até mesmo na entrada para a vida adulta.
Não existe vacina ou cura para infecção pelo HIV, mas há tratamento. Porém, não é por isso que vai abrir portas para que o vírus ataque o sistema imunológico. É preciso colocar a mão na consciência e pensar nos problemas futuros não apenas da vida do próximo, mas nas consequências da própria vida. Lembre-se: existe um grande tabu sobre o tema, e não é fácil conviver com ele pelo resto da vida.
