Desde a Revolução Industrial, a sociedade vem passando por profundas mudanças na forma de consumir. O desperdício, antes encarado com naturalidade, assim como o consumismo exacerbado, e a despreocupação com a origem dos produtos adquiridos até sua destinação final, tudo isso não é mais tolerado pelas comunidades que zelam pelo planeta e pela sobrevivência da própria humanidade e dos seres vivos como um todo. O tempo de despertar é agora, pois cada pequena ação em prol – ou não – do coletivo tem efeitos em curto, médio e longo prazos.
Um exemplo bastante em alta no momento é a proibição do uso de canudinhos plásticos. Em várias cidades, o item já não é mais tolerado, e por uma boa razão. Trata-se de um produto que é utilizado por poucos instantes, que pode ser facilmente substituído por outro não descartável, mas que causa um impacto devastador ao meio ambiente. Animais que vivem no mar são os mais atingidos, muitos acabam mortos com canudos em seus orifícios nasais, por engolir plástico – daí não entra em cena somente os canudinhos, mas todo o tipo de produto imaginável: quem não se lembra da triste imagem do golfinho em extinção que morreu de fome ao ficar com um lacre preso à boca?
Cada vez mais, as pessoas estão percebendo que a mudança só virá quando cada um fizer a sua parte. E há muito a ser feito. Desde pesquisar sobre as empresas que fabricam os produtos que consumimos, separar o lixo orgânico do reciclável, não desperdiçar alimentos, evitar usar itens de difícil degradação, reaproveitar ao máximo em vez de sair comprando sem discernimento, privilegiar os produtos locais (que geram muito menos poluentes até chegar à nossa casa, pela própria logística), enfim, a lista é longa, mas totalmente exequível, basta ter vontade e consciência ambiental.
Nesta semana, O Imparcial mostrou aos leitores algumas empresas de Presidente Prudente que têm demonstrado preocupação com a sustentabilidade, ao oferecer aos clientes a possibilidade da logística reversa, dando a destinação correta aos materiais comercializados. Que mais estabelecimentos se sensibilizem e adotem a prática – que em alguns casos é prevista em lei. Se cada um fizer a sua parte, certamente a “vida útil” do planeta, que parece estar com os dias contados, será prolongada. Somente com exemplos, as novas gerações serão condicionadas a amar, valorizar e cuidar do meio ambiente, como uma extensão de sua própria existência.