A prudentina Janaina Rocha dos Santos, gerente de marketing de uma startup da área de tecnologia, mora há um ano em Amsterdã, na Holanda. Relatou que os holandeses há dois meses trabalham de casa. Bares, cinemas, restaurantes, tudo está fechado, com exceção dos serviços essenciais. De acordo com Janaina, a população colaborou bastante. “Então, não foi necessário fazer o que eles chamam de “full lockdown”, como foi feito na Espanha e na Itália onde não se podia sair de casa a não ser para ir ao médico e ao supermercado.
Alguns fatores colaboram para o baixo índice em comparação ao outros países: população jovem, maioria não fumante e o método de transporte principal é a bicicleta, apontou. “Mas mesmo assim, a Holanda teve mais de 3.300 mortes em menos de dois meses. Metade das pessoas na UTI tem menos de 60 anos, mas como a estrutura de saúde aqui é boa, a taxa de recuperação é alta”, relatou.
“Nos lugares que continuam abertos, só podem entrar poucas pessoas por vez, há vidros entre o caixa e os clientes e álcool em gel na entrada. O primeiro ministro avisou que por alguns meses seremos uma ‘sociedade com 1.5m entre nós’”.
Apesar de tudo, avalia que a situação na Holanda está melhor do que na de muitos outros países. “Aqui em Amsterdã há muitos parques onde é possível caminhar mantendo a distância segura entre uns e outros. A vantagem de obedecer o distanciamento é reduzir as chances de um colapso no sistema de saúde e um quadro onde a única saída seja forçar as pessoas a não sair de casa com uso da polícia e aplicação de multas, como vimos em outros lugares”, destacou.
“Há um mês, eu tive febre, tosse seca e dor no peito por duas semanas, assim como 15 dos 20 funcionários do meu escritório. Como se espalhou tanto, e tão rápido, acredito que tenha sido Covid-19. Eles só testaram casos graves aqui, mas por precaução, fiquei 3 semanas em isolamento total. Aqui ainda não passamos do pico, mas como a situação foi bem controlada, acredito que no final de maio algumas coisas vão começar a reabrir. O pior ainda não passou, mas vai passar”, concluiu.
BOM DIA
Coisas acontecem. Adapte, improvise e supere.
DEMANDA
Ministério da Saúde passou a recomendar o uso de máscaras de proteção por qualquer pessoa, com ou sem sintomas de Covid-19. Mas, devido à escassez do item nas farmácias e nos hospitais, o apelo é de que os cidadãos utilizem máscaras caseiras feitas de tecido em vez das versões descartáveis. A demanda abriu espaço para empreendedores e profissionais autônomos em busca de renda nesse período. Muita gente tem complementado a renda na crise, produzindo máscaras em casa. A jornalista e microempresária Andrea Naufal é uma delas. Ela começou produzindo sozinha e já contratou uma costureira para dar conta dos pedidos.
SAÚDE EM RISCO
Mais de 75% trabalhadores brasileiros reduziram ou eliminaram a prática de exercícios físicos durante a quarentena.
OPEN MALL
Que tal, em uma só parada, abastecer o tanque do carro, trocar o óleo, comprar um pão quentinho, levar para casa a ração do pet, a carne para o churrasco, tudo num só lugar?
Em breve, isso será possível, na região dos condomínios Damha. O novo centro de serviços terá posto de gasolina e 16 lojas.
FORÇA FEMININA
Avon, Natura, The Body Shop e Aesop (grupo brasileiro) representam a maior rede feminina do mundo, conectando mais de 6 milhões de representantes e consultoras e 40.000 colaboradores com 200 milhões de consumidoras em 110 países.
