Unir as instituições competentes em uma demonstração de atendimento, resgate e sinalização em um acidente de trânsito. Assim compôs a simulação realizada ontem na Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Regente Feijó. O evento foi realizado pela Cart (Concessionária Auto Raposo Tavares) e contou com a participação de, aproximadamente, 30 pessoas, entre representantes da empresa, membros do Corpo de Bombeiros de Presidente Prudente, da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), da Polícia Rodoviária, BC2 Construtora Ltda, Gênese - Consultoria Ambiental e São Francisco Resgate.
Na ocasião, foi montada uma cena onde um automóvel colidia na traseira de um caminhão de transporte de produtos inflamáveis. Desta forma, foi simulado que as duas pessoas do carro ficaram presas nas ferragens, sendo que o condutor simulava ser uma vítima em estado grave e a passageira vítima fatal. Ficou definido que o motorista do caminhão não se machucaria e que seria o primeiro a sinalizar, através de cones que o caminhão carrega, o local.
Ao serem acionados, os carros do Corpo de Bombeiros e os de resgate e sinalização da Cart compareceram ao local, onde interditaram a via (que estava fechada e o fluxo transferido para a marginal ao lado da rodovia), e prestaram os primeiros atendimentos às vítimas do carro, retirando as mesmas do automóvel e levando-as para o resgate. Enquanto os primeiros-socorros eram feitos, um bombeiro seguiu jogando água no tanque do caminhão de combustíveis, para resfriar o veículo e não correr riscos de incêndio.
Durante o exercício – que ocorreu na pista da direita da Raposo Tavares, no km 542 mais 500 metros, no sentido interior à capital, em frente ao trevo de Taciba – os veículos foram desviados pela via que adentra a cidade, faziam a rotatória em frente ao pontilhão, pegavam a alça de acesso e retornavam à rodovia. Houve toda uma sinalização e suporte para manter a segurança e ordem dos motoristas.
Ação preventiva
Para os participantes da simulação, a iniciativa "é importante", pois além de unir as instituições competentes nas ações que compõem um salvamento e resgate em acidentes de trânsito, dá um suporte preventivo às pessoas. Comandando a operação, o 2º-sargento do posto central do 14º GB (Grupamento de Bombeiros), Marco Antônio Pazinato, esclarece que o exercício auxilia no entrosamento daqueles que realizam atendimentos deste tipo de ocorrência. "Simulação ajuda na agilidade do trabalho e na cooperação entre as instituições envolvidas", cita.
Representando a vítima fatal do acidente, a técnica de enfermagem Ana Paula Reis, 30 anos, pontua que a iniciativa é uma forma de aprendizado, em que os profissionais aprendem a como lidar com a situação, como chegar ao local e prestar os suportes necessários. Sobre a sensação ao interpretar uma pessoa que falece no acidente de trânsito, Ana Paula diz que é um misto de sentimentos. "Mistura ansiedade e a sensação de impotência diante do fato", cita.
Convidado para ser o condutor do caminhão, o motorista José Nilton da Silva, 47 anos, acrescenta que a simulação é uma forma de mostrar para as pessoas as atitudes que devem ser tomadas diante de um acidente. "É uma maneira de conscientizar os envolvidos. Demonstra como proceder, caso se envolvam ou se deparem com acidentes", frisa.
Já a Cart esclarece que o ato, que é uma exigência da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), tem como intuito "a interação das equipes da concessionária com todos os órgãos públicos envolvidos em salvamentos".