3,5 mil crianças e adolescentes são assistidos

PRUDENTE - JEAN RAMALHO

Data 13/10/2016
Horário 10:21
 

Concebido com cunho comercial, o Dia das Crianças é até hoje sinônimo de presentes, festa e alegria para a criançada. No entanto, mais do que apenas presentear, a data comemorada ontem requer uma reflexão por parte da sociedade, acerca do tratamento dado aos pequenos, desde o nascimento até a fase adulta. Em Presidente Prudente, por exemplo, em torno de 3,5 mil crianças e adolescentes são atendidas em algum dos seis Cras (Centro de Referência da Assistência Social) e três núcleos da cidade, ou em uma das 22 entidades assistenciais que desenvolvem projetos envolvendo menores.

Jornal O Imparcial Elas são atendidas em algum dos 6 Cras e 3 núcleos, ou em uma das 22 entidades assistenciais

Número que, conforme a responsável pela SAS (Secretaria de Assistência Social), Maria Helena Silvestre, engloba desde a atenção básica de proteção e prevenção, até o suporte aos indivíduos especiais e aqueles que já sofreram algum tipo de violência. "O que essas crianças mais precisam é ter uma infância saudável. Eles precisam encontrar locais que lhe deem oportunidade de expressar suas habilidades. Muitas delas têm potencialidades, então os serviços desenvolvidos precisam estar atentos e fomentar essas habilidades", relata a secretária.

E pela SAS, essas habilidades dos pequenos são desenvolvidas em seis Cras e três núcleos de atendimento que servem como apoio aos Cras. No total, eles atendem aproximadamente 700 crianças e adolescentes, com idade entre 6 e 17 anos, segundo a chefe da pasta. Nos locais, os assistidos participam de oficinas de música, dança, artes, e demais atividades lúdicas, além disso, contam com o respaldo de assistentes sociais, psicólogos, pedagogos e professores, que atuam tanto na formação do cidadão, como na prevenção e proteção dos pequenos.

"A política de assistência social atende as crianças em situação de vulnerabilidade social, com o objetivo de evitar a exposição à violência. Então é trabalhado o fortalecimento dessas crianças e adolescentes no convívio familiar, com o objetivo de fazer com que eles não vivenciem situações de violência", afirma Maria Helena.

 

Vulnerabilidade social

Mas nos casos em que a prevenção não foi suficiente e a violência contra a criança ou o adolescente foi consumada, ou mesmo naqueles em que a vulnerabilidade social do individuo se torna evidente, o município possui dois abrigos que prestam serviços de acolhimento e atendem uma média de 70 crianças dentro da proteção especial, conforme a secretária. "A vulnerabilidade social envolve inúmeros fatores, desde as questões de moradia, renda, ou alimentação, como também a presença de algum tipo de ação ilícita. Então esses indivíduos necessitam de uma atenção especial, que muitas vezes demanda até o recolhimento e o afastamento do convívio familiar", comenta ela.

E essa atenção aos pequenos não recai apenas sobre os ombros do Poder Público. Entre os 3,5 mil atendidos em Prudente, parte é absorvida pelas 22 entidades assistenciais que mantêm serviços voltados às crianças e adolescentes. Com isso, a união entre o público e o terceiro setor já tem gerado frutos e resultado na formação e na inclusão de crianças e adolescentes à sociedade. "Quando a gente fala de futuro muita gente pensa lá longe, mas o futuro é muito próximo. Crianças e adolescentes são imediatistas, então precisamos ter esse olhar imediato. O que deve ser feito tem que ser feito hoje. Temos exemplos de crianças que saíram dos projetos e hoje estão trabalhando, cursando faculdade, enfim, deixaram a situação de vulnerabilidade e conseguiram uma colocação melhor", ressalta.

 
Publicidade

Veja também