350 pacientes com problemas renais fazem hemodiálise

Além destas pessoas, outras 750 que integram o grupo de risco recebem acompanhamento no AME de Prudente

PRUDENTE - Rogério Lopes

Data 11/03/2016
Horário 11:14
 

Atualmente, 350 pacientes com problemas renais crônicos de Presidente Prudente e região realizam tratamento hemodialítico na capital da Alta Sorocabana. Além destes, ainda existem cerca de 750 pessoas, consideradas do grupo de risco, que são acompanhadas no tratamento conservador por meio do AME (Ambulatório Médico Especializado). Os dados são do Carim (Associação de Apoio ao Paciente Renal Crônico), entidade que mantém trabalho social com os pacientes, durante evento realizado, na manhã de ontem, na Praça da Juventude da Cohab, em alusão ao Dia Mundial do Rim.

Jornal O Imparcial Ao todo, 215 pessoas fora atendidas na tenda do HR, na Praça Nove de Julho, ontem

No mesmo horário, o HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo, também propagou atendimentos aos moradores municipais. Na ocasião, profissionais de diferentes áreas da saúde, mais estudantes de Medicina da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), distribuíram panfletos, prestaram informações sobre os cuidados e precauções quanto às doenças renais, realizaram triagens e possíveis encaminhamentos para demais exames às pessoas que participaram do evento. A iniciativa teve início às 8h e seguiu até às 12h, ocorreu na Praça Nove de Julho, no centro de Prudente, e, assim como a ação do Carim, fez referência ao Dia do Rim.

 

Orientação

De acordo com médico nefrologista do HR e coordenador da ação na praça central, Igor Costa Almeida, a atividade tem como principal objetivo orientar a população sobre as doenças renais e fazer uma triagem com os participantes. Ainda conforme o médico, foram feitas entrevistas, aferições da pressão arterial, testes de glicemia, além de abordagens quanto aos hábitos alimentares e de vida dos entrevistados. "É um momento de esclarecimentos, informações e possível encaminhamento", salienta.

As pessoas que, durante o diálogo, se enquadraram no grupo de risco – que podem, futuramente, desenvolver a doença renal – serão encaminhadas para o laboratório do HR para colher amostra de creatinina. "É indicado que este exame seja feito ao menos uma vez por ano", aponta o médico.

Abordando o grupo de risco, o especialista cita que são pessoas que possuem problemas de pressão alta, diabetes, que já tiveram algum caso da doença renal na família, ou o próprio paciente teve algum indício de problema renal, entre outros. Conforme informa a Assessoria de Imprensa do Hospital Regional, foram computados 215 atendimentos no evento.

 

Palestra

Ainda ontem, às 15h, o Dia Mundial do Rim – e os assuntos que compõem a data – foi abordado por Igor em uma palestra realizada no auditório do HR. O ato foi aberto à toda comunidade e teve como foco transmitir informações quanto à doença e hábitos para uma boa qualidade de vida.

 

Ação do Carim

Na atividade organizada pelo Carim, a intenção também foi orientar e prevenir os moradores. Lá, segundo aponta Douglas Kato Pauluzi, responsável pela Coordenadoria Municipal dos Diretos da Pessoa com Deficiência e um dos organizadores do evento na Cohab, cerca de 500 pessoas participaram do evento. "Foi um sucesso, mas o que vale é que as participantes saiam com pensamento de prevenção", frisa.

Acompanhando as atividades propostas, a assistente social do Carim, Elaine de Oliveira Almeida, diz que 80% das pessoas que fazem hemodiálise desenvolveram a doença renal devido outros problemas de saúde, como, por exemplo, diabetes e hipertensão. Já os 20% restantes, ela cita que estão entre outras causas e complicações do próprio rim. "Prevenção é o melhor caminho", analisa.

 

Oportunidade

Quem participou das iniciativas diz que "é uma oportunidade de saber como anda a saúde". A dona de casa Elena Calles de Jesus, 71 anos, explica que tem um exame médico agendado para maio e viu na ocasião "a chance de adiantar o atendimento e saber se possui alguma alteração de saúde". Já o operador de máquina, Jair Messias Gonçalves, 56 anos, esclarece que nunca teve problemas renais, mas acredita que toda ação que envolve atendimento de saúde "é importante e deve contar com a presença das pessoas".
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