6 mil proprietários de terrenos são notificados

Reclamações de imóveis com mato alto e entulhos são recorrentes; a partir da notificação, limpeza deve ser feita em até 10 dias

PRUDENTE - ANNE ABE

Data 21/12/2017
Horário 11:53

Reclamações sobre terrenos que apresentam mato alto e entulhos, em Presidente Prudente, são recorrentes neste diário. A segurança da família, devido o aparecimento de pragas urbanas nas residências, é a principal preocupação dos moradores. Nesse sentido, a Secom (Secretaria Municipal de Comunicação) informa que, durante este ano, até o início de novembro, a Seplan (Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Habitação) notificou 6.014 proprietários de terrenos com mato alto e entulho no município. O número representa uma média de 600 notificações por mês.

A pasta acrescenta que após o recebimento da notificação, o proprietário possui 10 dias úteis para efetuar a limpeza do imóvel. Caso isso não ocorra, o mesmo é multado em 1,5 UFM (Unidade Fiscal do Município) por metro quadrado de terreno. Com isso, no mesmo período apontado, foram aplicadas 1.460 multas, ou quase 150 por mês.

Outras reclamações recebidas envolvem a presença de amimais de grande porte, sendo criados em terrenos de área urbana. A situação ocorre na Avenida Paulo Marcondes, onde a área é cercada por dois fios de arame farpado. Além disso, o imóvel é localizado entre dois condomínios residenciais e em frente a um comércio de alimento.

Sobre isso, a Secom esclarece que o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) realiza o recolhimento dos animais que se estiverem soltos em locais públicos, como praças, parques, ruas e avenidas. “Quando se trata de terreno particular, por bom senso, o CCZ vai até o local e orienta o proprietário sobre como evitar transtornos à vizinhança”, expõe.

 

Transtorno aos moradores

As reclamações de mato alto também podem ser registradas no Mario Amato, como ocorre, por exemplo, em uma das praças do bairro, situada na Rua Sebastião Thomas da Silva. O espaço é amplo e conta com academia da terceira idade, pista de skate, quadra de esportes coberta, campo de futebol e parquinho, porém, a situação do mato em seu entorno se torna um obstáculo para o acesso a esses espaços.

O carpinteiro Sérgio Pinto dos Santos, 52 anos, leva a sua cachorra para passear no parque frequentemente, mas sente dificuldade em caminhar ao seu lado por conta do mato alto e da sujeira causada por folhas secas e excesso de terra. Além disso, o morador do bairro diz que teme a aparição e animais nas residências, como escorpiões e baratas. “Minha cachorra até gosta do mato alto, mas para a gente é ruim e perigoso. Parece até que está abandonado”, pontua.

Residente em frente a outro terreno que apresenta a mesma situação no bairro, o aposentado Dorival Antunes, 59 anos, diz que já apareceram escorpiões e aranhas, diversas vezes em sua casa. Isso aumenta a preocupação com a segurança da família. Relata ainda que o mato já cresceu tanto, que chegou a atingir a calçada, impedindo a passagem das pessoas, que acabam sendo obrigadas a andar pela rua. “Moro aqui há 4 anos e sempre foi frequente essa situação, é um descaso”, expõe.

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