A Cara do Coronavírus

O Espadachim, um cronista made in South America

OPINIÃO - Sandro Villar

Data 24/04/2020
Horário 05:31

Evidente que vocês estão carecas de saber - ou calvos de saber - que o coronavírus tem essa "cara" que a televisão não se cansa de mostrar. Na Globo, por exemplo, o "trem" tem o formato de um planeta e, se percebi direito, cravejado (vá lá o termo) com o que se assemelha a tachinhas cor-de-rosa.

Como, jovem, "ocê" não sabe que diabo é tachinha? Pergunte pro seu avô. Ou para o seu bisavô até porque tachinha é, digamos, uma coisa antiga. Brincadeira à parte, tachinha, claro, é aquele prego pequeno - ou era aquele prego - com "cabeça" enorme, desproporcional ao seu tamanho.

Em outros canais de tevê, como Band e SBT, o coronavírus, a julgar pelas ilustrações, lembra uma bola de golfe com "antenas" enormes. Também lembra o porco espinho. Acho que também se assemelha a um baiacu inflado, o peixe que tem mais veneno do que a maioria das cobras. Por isso, o imperador do Japão não come baiacu, pois isso poderia deixar esperançoso o segundo na linha de sucessão.

Todos os elogios possíveis aos ilustradores da televisão e da mídia em geral, que retratam o coronavírus a partir de imagens do microscópio, o aparelho inventado por dois holandeses, pai e filho, no século XVI (crônica também é cultura) para enxergar melhor "monstros minúsculos", como bactérias e vírus.

 Mas, a meu ver, a "cara" do coronavírus é diferente dessa aí exibida até agora. Num esforço hercúleo (volto a dizer: bela palavra) de reportagem, O Espadachim matou a charada e mostra a "face verdadeira" do inimigo invisível.

Depois de ver e rever as imagens e ilustrações, o cronista chegou à conclusão de que esse "bicho" tem o aspecto de uma mamona. Sim, Salim! Isso mesmo: mamona. O coronavírus lembra a mamona. Enfim, tem o formato da mamona, e que quem não gostar da comparação que vá reclamar com o Seu Chico (papa).

E vou mais longe do que andarilho: o coronavírus também lembra o urucum, embora o urucum, fruto do urucuzeiro, seja meio ovalado (ovalado é bom, hein?). Olhem bem, prestem atenção na mamona e no urucum. Vereis que o cronista, que não está para blablablá, está coberto de razão. Ou meio coberto de razão.

A quarentena, pelo jeito, já era e isso preocupa até porque a situação no Brasil seria cinco vezes pior do que nos EUA, Itália e Espanha. Cada vez mais tem gente nas ruas. Trânsito também começa a aumentar. Comércio ainda tímido, com lojas que abrem "meia porta".

Já está decidido oficialmente que haverá um abrandamento no isolamento social a partir do dia 11 de maio. Nada contra, mas, parafraseando Mané Garrincha, cabe a pergunta: combinaram isso com o coronavírus?

DROPS

O céu é o limite... para os astronautas.

Depois de estudos, asseguro-lhes que não há estrelas no céu da boca.

Brigaram feio, saíram no braço e no antebraço.

Estamos todos na mesma diligência. Será? Chamem o Ringo (John Wayne).

P.S.: Lágrimas pelo vereador Natanael Gonzaga, que foi embora tão cedo deste insensato mundo. Triste!

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