A Mãe que gera vida e fraternidade para seu povo

Diocese Informa

COLUNA - Diocese Informa

Data 11/10/2020
Horário 04:01

Celebrando e vibrando, com alegria e esperança, pela grandiosa festa de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, padroeira e rainha do Brasil, vimos, como os humildes pescadores João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia, em 1717, suplicar sua proteção e amparo. Ela, como mãe da vida e nova Eva, cuida da criação, como fez em Guaratinguetá, não permitindo que a poluição devastadora do mercúrio da mineração acabasse com os peixes do Rio Paraíba.

Com sua ação intercessora devolve aos pescadores seu direito a trabalhar e sustento familiar. Assim, ela libertará escravos, como fez com o negro Zacarias, abrirá a visão, salvará crianças das águas e continuará a acompanhar a vida dos pobres e romeiros. Mas, junto ao cuidado com a vida, olhando para as necessidades urgentes, Maria é a mãe que agrega e empodera os filhos e filhas, formando um povo justo e fraterno, solidário e servidor como em Caná da Galiléia, oportunizando a festa da partilha e abundância dos recém-casados, com o vinho gostoso do Reino.

Ela, como rainha e artesã da paz, derruba em nossos corações as fronteiras, divisões e limites que nos segregam e separam, abrindo-nos, como afirma o papa Francisco, para o mundo inteiro. Com Maria, e como Maria, renovamos, neste tempo de pandemia, a nossa opção pelos pobres, com um amor eficaz, que possa incluir restaurar a convivialidade, os direitos sociais e a plena justiça social. Maria é a Mãe reconciliadora que vai ao encontro das pessoas anunciando a verdade sobre seu Filho Jesus que nos torna livres e irmãos. Seguindo a sua escola de misericórdia e ternura, aprenderemos a escutar, dialogar e reconhecer a alteridade e autonomia das pessoas, amando-as nas suas diferenças e singularidades, testemunhando a todos a bem querência e o a proximidade fraterna.

Queremos lançar as redes com Maria para resgatar o sentido da vida, curar a Terra e reconstruir a fraternidade na nossa Pátria da Santa Cruz, vencendo, junto à covid-19, as pandemias do ódio, da exclusão, da mentira e da violência. Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Rogai por nós! [Dom Roberto Francisco Ferrería Paz]

 

Consagração à Nossa Senhora Aparecida

Ó Maria Santíssima, pelos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo, em vossa querida imagem de Aparecida, espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil. Eu, embora indigno de pertencer ao número de vossos filhos e filhas, mas cheio do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia, prostrado a vossos pés, consagro-vos o meu entendimento, para que sempre pense no amor que mereceis; consagro-vos a minha língua para que sempre vos louve e propague a vossa devoção; consagro-vos o meu coração, para que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas. Recebei-me, o Rainha incomparável, vós que o Cristo crucificado deu-nos por Mãe, no ditoso número de vossos filhos e filhas; acolhei-me debaixo de vossa proteção; socorrei-me em todas as minhas necessidades, espirituais e temporais, sobretudo na hora de minha morte. Abençoai-me, o celestial cooperadora, e com vossa poderosa intercessão, fortalecei-me em minha fraqueza, a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida, possa louvar-vos, amar-vos e dar-vos graças no céu, por toda eternidade. Assim seja! (Versão do Papa Francisco)

 

Liturgia

28º Domingo Comum

Leituras: Isaías 25,6-10a; Salmo 22/23; Filipenses 4,12-14.19-20; Mateus 22,1-14 (ou 1-10)

I.- Antífona de entrada: Senhor, se levardes em conta as nossas faltas, quem poderá subsistir? Mas em vós encontra-se o perdão, Deus de Israel (129,3s).

II.- FESTEJANDO COM O SENHOR. Os dias de festa são felizes. Podemos nos esquecer das preocupações por um tempo, desfrutar de companhias, rir, cantar, dançar e ser felizes. São afortunadas as pessoas que podem desfrutar de vez em quando de um dia festivo com genuína alegria. Eis o desejo de Deus para todos nós. Ele nos convidou à felicidade ilimitada e como seu presente nos congrega na igreja para a eucaristia – banquete festivo do Seu Filho Jesus. Levamos a sério o seu convite? Qual importância, especialmente neste tempo de pandemia e de restrições, damos à eucaristia dominical? Somos (todos: frágeis, pobres, tristes...) conscientes do chamado do Senhor? Desfrutemos desse convite na missa. Ele nos preparou um banquete e nos espera para o encontro.

III.- Leituras: 1) Deus prepara uma festa para todos os povos. Numa visão de esperança, o profeta Isaías descreve o tempo messiânico/salvador como um banquete festivo. Todos os povos irão ao banquete e encontrarão em Deus a plenitude de vida e felicidade. 2) Tudo posso naquele que me dá força. Paulo agradece aos cristãos de Filipos pela ajuda material que lhe enviaram na prisão. Deus também lhe dá força em suas tribulações. 3) Venha para a festa! Tudo na vida é um convite de Deus, embora frequentemente nos escusamos a participar. É também missão nossa convidar outros para a festa do amor de Deus.

IV.- Oração: Ó Deus, sempre nos preceda e acompanhe a vossa graça, para que estejamos sempre atentos ao bem que devemos fazer. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

V.- Para o caminho: A missa é uma festa que Deus preparou para nós e da qual participamos com alegria. O convite à festa continua no dia a dia, nas ocupações quotidianas da vida: orações, esperanças, trabalhos e preocupações. Também quando somos exigidos pelas necessidades dos outros, especialmente, mais desafortunados da vida.

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