A prevenção é SEMPRE a melhor saída

EDITORIAL -

Data 06/07/2021
Horário 04:00

As leishmanioses são um conjunto de doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania e da família Trypanosomatidae. De modo geral, essas enfermidades se dividem em leishmaniose tegumentar americana, que ataca a pele e as mucosas, e leishmaniose visceral (ou calazar), que ataca órgãos internos. Conforme pesquisa, a leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) conhecidos como flebótomos ou flebotomíneos. Os flebótomos medem de 2 a 3 milímetros de comprimento e devido ao seu pequeno tamanho são capazes de atravessar as malhas dos mosquiteiros e telas.
Como noticiado neste diário, de 2000 a 2018, o mosquito-palha, vetor da leishmaniose visceral, foi encontrado em 77,8% dos municípios da área do DRS-11 (Departamento Regional de Saúde), sendo que, em 69%, havia cães infectados e, em 42,2%, humanos infectados, com 537 indivíduos notificados com a doença. A dispersão ocorreu do epicentro Dracena, na região norte, para Teodoro Sampaio, no sul, onde o mosquito-palha e cães infectados foram encontrados em 2010 e pessoas com a doença em 2018. No oeste paulista, há uma complexa gama de fatores socioeconômicos (como pobreza e falta de controle de cães doentes) e ambientais (como rodovias, desmatamento, aumento de temperatura e rios e lagos artificiais) que podem estar alimentando a epidemia e sustentando a transmissão endêmica da leishmaniose visceral.
Para identificar o mosquito palha, basta se atentar a alguns detalhes: sua cor é amarelada, cabeça com antenas longas, asas grandes, revestidas de cerdas. Para diferenciação de machos e fêmeas observa-se que os machos têm mandíbulas rudimentares, não sendo capazes de penetrar na pele dos vertebrados e nem de se alimentar de sangue.
Em um estágio mais avançado da infecção, a doença pode causar hepatoesplenomegalia, que é a expansão do fígado e do baço, causada geralmente quando o sistema imunológico está comprometido, o que deixa o paciente vulnerável às demais enfermidades.
Na teoria, é isso. Na prática, é uma doença que afeta principalmente os cachorros, mas podem atingir os seres humanos. E, como em qualquer doença, é essencial a prevenção, já que é a melhor forma de combater a Leishmaniose Visceral. Além de evitar o acúmulo de lixo, os donos devem aplicar repelentes eficazes nos animais para afastar os flebotomíneos. A prevenção é sempre a melhor saída.

 

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