Imagine só sair de casa para trabalhar e ter o alívio de saber que, diante de qualquer ameaça à segurança do seu lar, um vizinho poderá acionar a polícia imediatamente? Ou, então, poder acompanhar pela tela do celular o que está acontecendo no seu bairro a partir do monitoramento realizado pela própria vizinhança? Estes são alguns dos objetivos das chamadas “vizinhanças solidárias”, iniciativas que estão se multiplicando entre as cidades e contribuindo para a construção de espaços mais seguros e harmoniosos.
Conforme noticiado por O Imparcial nesta semana, o programa afasta da comunidade pessoas com más intenções, que veem que o local está sendo vigiado. Inclusive, no bairro é instalada uma placa com o nome do programa, indicando que os moradores estão em alerta para eventuais ações criminosas.
Mas o projeto não visa somente o monitoramento, como também a informação e a prevenção. Por meio dele, os vizinhos podem receber orientações como tomar cuidado com os bens dentro do carro, não deixar a chave no contato do veículo ou o portão de casa aberto – costumes corriqueiros em cidades do interior e que chamam a atenção de criminosos. Além disso, os munícipes têm a liberdade de observar condições que propiciam o crime, como falta de iluminação, terrenos baldios, buracos nas ruas e imóveis ou veículos abandonados. Atitudes como essas estimulam os cidadãos a voltar o olhar para o seu próprio bairro, perceber as deficiências e, com isso, reivindicar melhorias para o lugar onde vivem.
A adesão cada vez maior ao projeto nas comunidades mostra o interesse da população em zelar não só pela sua própria segurança, como a de toda a coletividade, afinal de contas, todos compartilham do mesmo espaço e dependem diretamente uns dos outros para garantir a boa convivência e promover a proteção do local. A partir de ferramentas como essas, a população pode ainda estreitar laços com seus vizinhos e atuar juntos em prol do bem-estar de toda a comunidade. Além disso, a iniciativa é eficaz para prevenir ações criminosas e garantir resposta imediata caso alguém tente invadir uma casa ou assaltar um veículo, por exemplo, já que os moradores estão a postos para acionar a polícia e conseguir deter o criminoso.
Que iniciativas como essa continuem crescendo nos municípios a fim de mostrar que aquele velho ditado não é em vão: a união, de fato, faz a força!
