Ação policial será investigada

Um jovem de 20 anos foi morto pela Polícia Militar, na madrugada de ontem, após invadir um hipermercado e destruir o local

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 02/08/2017
Horário 12:56
José Reis, Ao todo, 16 disparos foram efetuados pela PM para conter jovem
José Reis, Ao todo, 16 disparos foram efetuados pela PM para conter jovem

A Polícia Militar, juntamente da Polícia Civil, instaurou um inquérito ontem para investigar a ação policial que acabou com a morte de um jovem de 20 anos. Durante a madrugada, Werick de Souza Pereira, morador de Presidente Prudente, foi a óbito depois de invadir o Hipermercado Muffato Max, no Jardim Eldorado, em Presidente Prudente, e avançar contra policiais que tentavam conter a ação. Na ocasião, ele foi alvejado pelos militares com 16 disparos, sendo que dois dos tiros efetuados o atingiram na mão e na cabeça.

Segundo o relato da Polícia Militar, a corporação foi acionada via Copom (Centro de Operações da Polícia Militar), com a indicativa de uma ocorrência de arrastão, às 4h29. No local, eles constataram que dois portões e uma porta de vidro que dá acesso ao interior do estabelecimento comercial teriam sido arrombados pelo suposto indivíduo.

O jovem adentrou no hipermercado utilizando-se do seu veículo, conforme o policiamento. De acordo com as informações, ele teria subtraído alguns produtos e danificado itens, prateleiras e gôndolas do local. Em meio à tentativa de fuga, com o veículo, o rapaz também teria avançado “diversas vezes” contra os policiais militares que estavam na ação, segundo as autoridades. Durante a investida, os agentes revidaram com disparos de arma de fogo, atingindo “o agressor” duas vezes, que morreu no local.

A perícia foi acionada e a Polícia Científica preservou o estabelecimento. O inquérito instaurado pelas polícias Civil e Militar também será usado para identificar as causas da invasão e os desdobramentos da ocorrência. À reportagem, a Polícia Militar informou que o hipermercado possui sistema de câmera de segurança, e que as imagens já foram anexadas ao processo. Amigos e parentes da vítima serão ouvidos nos próximos dias.

 

Grupo

Na tarde de ontem, a reportagem também procurou o Grupo Muffato Max para esclarecimentos do fato. Por meio de nota, a Assessoria de Imprensa da empresa relatou que, na parte da manhã, o funcionamento do hipermercado continuou normalmente e, por conta disso, ainda não foi possível contabilizar o tamanho do prejuízo ocasionado por conta da “destruição”.

Sobre a invasão, o grupo salienta que ainda está “muito chocado com o ocorrido na madrugada desta terça-feira”, quando foram “vítimas de um ato de violência que poderia tomar proporções inimagináveis se não fosse a rápida intervenção da Polícia Militar”. Além disso, a assessoria informa que a primeira preocupação foi pelo bem-estar dos “colaboradores que trabalhavam na loja no momento da invasão”. Por fim, o grupo expõe que lamenta o “desfecho trágico da ação que culminou na morte do invasor”.

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