Comerciantes de diversos setores da economia estão há quase dez meses inseguros com o cenário pandêmico no Estado de São Paulo. Na região de Presidente Prudente, a preocupação é a mesma: as portas permanecerão abertas ou não? A atual fase vermelha a qual se encontram alguns municípios da região oeste foi anunciada no final de dezembro, o que trouxe a mesma preocupação sentida ao longo de todo o ano de 2020.
Ricardo Anderson Ribeiro, presidente da Acipp (Associação Comercial e Empresarial de Presidente Prudente), lamenta a situação do “abre e fecha” no município.
“O problema para o empresário é essa insegurança. Essa questão traz um monte de problemas e se não tiver planejamento, [o estabelecimento] não consegue sobreviver”, expõe. Férias, pagamentos dos antigos funcionários e recém-contratados, armazenamento de alimentos perecíveis e investimentos em novas mercadorias são algumas das preocupações que tiram o sono dos empresários, principalmente dos pequenos.
Na reunião realizada no domingo, entre o Ministério Público e membros da sociedade civil, chegou-se à conclusão de que o comércio não é o culpado pelo aumento dos casos de Covid-19 em Presidente Prudente, mas “a noite prudentina”.
A ideia também vai de encontro com a do presidente da Acipp. “O problema não está no comércio que funciona durante o dia, e sim da noite [baladas e festas clandestinas]”, expõe Ricardo Anderson.
“Trabalhamos dentro dos protocolos, atendendo pouca gente. Então, o comércio em si não é o culpado, mas está pagando o pato”, lamenta o presidente da Associação Comercial e Empresarial.
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