Aedes só será erradicado quando cada um tomar a responsabilidade para si

EDITORIAL -

Data 16/02/2019
Horário 04:30

E mais uma vez o cenário é preocupante para Presidente Prudente, em relação à proliferação da dengue e outras doenças. Os anos se passam, mas parece que os moradores continuam a subestimar a capacidade do Aedes aegypti em afetar a saúde de inúmeras pessoas – podendo, inclusive, culminar em sua morte. Nesta semana, a VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal) divulgou dados referentes ao IB (Índice Breteau) e ao IPP (Índice de Infestação Predial), respectivamente de 9,2 e 6,8, tendo como base cada 100 imóveis do município vistoriados por equipes do órgão no último mês.

O ideal, conforme o Ministério da Saúde, é que os números fiquem abaixo de um, muito aquém da realidade prudentina. Conforme a VEM, os dados apresentados na maior cidade da região trazem um alerta, e representam uma real chance de surto da doença. É preciso que as pessoas se conscientizem deste cenário e façam a sua parte para evitar a propagação desenfreada da dengue – sem contar outras doenças transmitidas pelo mesmo vetor, como chikungunya, zika vírus e febre amarela.

Não basta esperar apenas que o poder público resolva a situação. Todos precisam arregaçar as mangas e tomar a responsabilidade para si. Recentemente, a Prefeitura, em parceria com a Prudenco (Companhia Prudentina de Desenvolvimento), realizou seis mutirões por bairros da cidade, recolhendo materiais inservíveis da população, com foco, especialmente, em móveis e eletrodomésticos. Para se ter uma ideia, a chamada Operação Cata-Treco, em balanço parcial, já havia lotado o equivalente a 317 caminhões de entulhos. Só por aí já é possível imaginar o quanto de itens sem utilidade as pessoas guardam em casa.

Manter os imóveis limpos e organizados, sem recipientes que possam acumular água e servir de criadouros ao Aedes, é dever de todo cidadão que não cansa de cobrar do governo medidas para melhorar sua qualidade de vida. Se cada um fizer melhor a sua parte, em vez de ficar apontando o dedo para os outros, certamente os problemas serão resolvidos de forma mais eficiente.

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