A Acipp (Associação Comercial e Empresarial de Presidente Prudente) protocolou ontem na Prefeitura de Presidente Prudente um ofício que pede um posicionamento do chefe do Executivo, Nelson Roberto Bugalho (PSDB), em relação ao que é considerado como serviço essencial no município, e se a abertura, por exemplo, de salões de beleza, barbearias e academias estão permitidas na cidade. O presidente da Acipp, Ricardo Anderson Ribeiro, afirmou que a medida se faz necessária para que se evitem constrangimentos por parte dos comerciantes.
“Existe uma confusão, e recebemos inúmeras ligações diariamente das pessoas com dúvidas sobre a permissão de funcionamento desses locais, por isso precisamos de um norte do prefeito”, aponta Ricardo. A confusão se dá, inclusive, pela falta de diálogo entre os governos federal, estadual e municipal. Isso porque, na segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) publicou um decreto que incluiu academias, barbearias e salões de beleza como essenciais.
Dois dias depois, no entanto, o governador João Doria (PSDB) afirmou que o Estado de São Paulo não seguirá o documento federal, e ressaltou quais são os serviços considerados como essenciais nos municípios paulistas, o que não inclui as três atividades. “Os comerciantes viram que houve a abertura em alguns municípios, e ficaram sem saber o que fazer. Então, queremos uma resposta. Pode abrir? Se sim, como isso deve ocorrer?”, pontua Ricardo.
No ofício, a Acipp menciona ainda que o esclarecimento servirá para atividades de construção civil, atividades industriais e atividades de saúde e higiene.
MAS E AGORA,
PODE OU NÃO?
O prefeito Nelson Roberto Bugalho informou para a reportagem que tem avaliado a possibilidade de editar um decreto municipal com base nas novas orientações emanadas do governo federal, o que deve ser definido até hoje.