Foi sepultado ontem, no Cemitério Municipal São João Batista, em Presidente Prudente, o corpo da aposentada Marlene Casarino, 73 anos. Na terça-feira, ela foi encontrada morta dentro da própria casa, vítima de um infarto fulminante. Conforme apurado pela reportagem, momentos antes ela havia sido vista por vizinhos enquanto colocava água e ração para os animais de rua.
Pode-se dizer que Marlene faz parte da história prudentina, principalmente na área cultural. De acordo com a Secretaria Municipal de Administração, a trajetória dela começou no dia 9 de dezembro de 1966, designada para exercer o cargo de diretora do departamento de Educação, Cultura, Turismo e Lazer. Nos anos seguintes, também exerceu, cumulativamente, a função de coordenadora do departamento.
E foi na área cultural em que Marlene passou a ser reconhecida, carreira que permitiu a ela fazer muitos amigos. A aposentadoria chegou em 26 de fevereiro de 1991. Porém, mesmo assim continuou a exercer o seu papel em prol a sociedade até 1995.
Tamanha a aproximação que tinha com a comunidade, que lutou pelos direitos dos trabalhadores no Sintrapp (Sindicato dos Servidores Municipais de Presidente Prudente e Região). Foi lá que a amizade com Sônia Auxiliadora de Vasconcelos Silva foi fortalecida.
A atual secretária-geral do sindicato conta que, além de parceira de trabalho, tinha em Marlene um carinho especial.
“Eu até brincava dizendo que ela era minha mãe adotiva”, lembra. “Ela era aquela pessoa sábia, inteligente, que sabia dar conselhos e puxava a orelha [risos]. Um carinho de mãe, mesmo”. A última lembrança entre elas é de duas semanas atrás, quando Sônia foi visitar a amiga, pós-operada de uma cirurgia no coração. “A perda dela está sendo muito sentida”, lamenta.
Em nota divulgada nas redes sociais, o Sintrapp lembra de Marlene como “uma pessoa muito querida pela equipe [do sindicato] e pelos servidores municipais”.
Em entrevista a este diário, a presidente do Sintrapp, Luciana Telles, afirma que Marlene era “uma companheira-amiga”. “Estamos muito tristes, eu pessoalmente [voz embargada] lamento muito a perda”.
“Além de ser sido servidora pública que zelou pelo serviço e por aqueles com quem trabalhava, era sindicalista sempre presenta na luta”, expõe Luciana. “Recebemos muitas manifestações de carinho após o falecimento, era realmente muito querida”.
