Ter um animal de estimação não requer apenas os cuidados básicos, mas, acima de tudo, é preciso demonstrar o carinho que tem por ele – sentimento recíproco que se transforma em uma verdadeira amizade. Enquanto uma parcela mínima da população tem o hábito de ver o animal como “apenas mais um bicho”, outra, luta para mostrar que ele também tem o seu papel na comunidade: o de transmitir o amor.
Nesta semana, a reportagem acompanhou a batalha de uma família de Presidente Prudente que conseguiu de volta a guarda provisória do papagaio “Lourinha”, que se tornou membro da família. Da residência onde morava há 24 anos, a ave foi retirada por não estar regularizada no Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Porém, após aval da Justiça, os proprietários conseguiram reaver o retorno enquanto aguardam os trâmites do processo.
Em conversa com a reportagem, a emoção era nítida nas palavras de Erly, dona de “Lourinha”, que viu os filhos crescerem junto com a ave. Esse convívio com o animal, seja o papagaio, gato ou cachorro, é de extrema importância para curar os problemas pessoais. Isso porque a presença desses seres desperta o prazer de viver a vida, além de compartilhar os sentimentos nos momentos de solidão. Mas nem todos pensam desta forma, a exemplo do homem que matou dois gatos e um cachorro na semana passada em Presidente Epitácio, o que revoltou a população.
Para lutar contra ações deste tipo e evidenciar o afeto com os bichinhos, ONGs (organizações não governamentais) levantam suas bandeiras a favor da causa. A atitude tem ajudado a estimular gestos solidários na comunidade, como o de deixar água e alimento nas calçadas para os animais, e até mesmo a retirada da rua para que encontrem um novo lar. São pequenas intervenções que provam que o ser humano ainda tem salvação.