Os professores da FCT/Unesp (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista), campus de Presidente Prudente, realizaram ontem uma paralisação, com o objetivo de exigir a abertura de negociações referentes ao aumento salarial dos docentes. Por conta da mobilização, não houve aulas na graduação ou na pós-graduação, mas, hoje, as atividades devem ocorrer normalmente. Além dos professores, os funcionários da unidade também cruzaram os braços por melhores salários.

Movimentação foi tranquila hoje, no campus da Unesp, em PP

Às 14h, os docentes realizaram uma assembleia no auditório do campus, na qual foi definida a realização de uma série de atividades, dando continuidade ao movimento. "Decidimos aprovar um calendário de mobilização, com a realização de novas assembleias, mesas de debates e, por fim, uma nova paralisação, no dia 17 de junho", informa o professor Ricardo Pires de Paula, presidente local da Adunesp (Associação dos Docentes da Unesp).

Uma reunião da Comissão de Orçamento da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) está prevista para ocorrer nesta data (17 de junho), em Prudente, no auditório da 29ª Subseção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), e deve contar com a presença dos docentes.

Além disso, o representante da Adunesp informa que uma nova assembleia está prevista para ocorrer no dia 8 de junho, na FCT/Unesp, para uma atualização das atividades do movimento em outras unidades e, no dia 10 de junho, um debate, aberto à comunidade, será realizado no campus, no qual será discutido o tema "A universidade e a crise atual".

Ainda ontem, uma outra assembleia, dessa vez marcada pelos estudantes, estava prevista para às 17h, mas não havia sido concluída até o início da noite de ontem. Entre as demandas dos discentes estão: a política de permanência estudantil, o debate sobre os cortes de bolsas de estudos de pró-reitoria de extensão acadêmica e a estagnação do processo de readequação do restaurante universitário.

 

Outro lado

Em reportagem publicada ontem, a Unesp, por meio de nota de sua Assessoria de Imprensa, informou que, mantém a sua proposta de reajuste de 3% sobre o salário de maio. "A instituição se compromete a conceder esse reajuste assim que as suas condições orçamentárias e financeiras permitirem", aponta o texto. Os professores querem que o aumento seja efetivado imediatamente.