A pandemia trouxe a doença da Covid-19 para perto de nós, mas também nos infectou com o vírus do medo: uma histeria coletiva, principalmente na segunda quinzena de março, quando as restrições foram impostas e boa parte do comércio foi obrigada a fechar as portas. Houve faturamentos que caíram a praticamente zero. Nesta fase, o medo diante do desconhecido se instaurou. Esta onda de negatividade contagiou muita gente, mas alguns pareciam imunes a este vírus do medo e a vacina é autoestima e confiança.
Sabemos que há muitos desafios na macroeconomia: a tensão entre China e EUA, as eleições no país do Tio Sam e as municipais aqui no Brasil, a valorização do dólar, dificuldades em conseguir matéria-prima para diversos setores, o endividamento brasileiro e dos brasileiros, as reformas urgentes que ainda estão por vir. Portanto, sabemos que nem tudo são flores e a economia está sentindo os efeitos da pandemia. Esta realidade deve ser respeitada e sempre levada em consideração.
O planejamento, informações e o conhecimento são o caminho para melhorar a autoestima e a confiança das e nas empresas
Por outro lado, dinheiro continua circulando, as pessoas estão vivas e por isto têm desejos e necessidades. Com a pandemia, veio a mudança de comportamento e aqueles empresários que identificaram as necessidades e desejos destes clientes estão indo muito bem: pagando suas contas e crescendo em faturamento. A certeza de que é sempre possível identificar e atender necessidades das pessoas geralmente vem de uma autoestima e confiança bem estabelecida: o medo paralisa, ceifa o raciocínio e inibe a criatividade.
O planejamento, informações e o conhecimento são o caminho para melhorar a autoestima e a confiança das e nas empresas. Atente-se ao consumidor, pois ele também está com medo e ter uma marca para confiar leva-o a sentir-se acolhido diante de tantas incertezas. Um bom exemplo é o setor do ciclismo: as vendas de bicicletas explodiram durante a pandemia, tendo em vista que é um dos poucos esportes que se faz ao ar livre. Esta é uma mudança de comportamento do consumidor que tem gerado bons lucros para os empresários da área, que se anteciparam a estas necessidades.