Avarias em ATIs exigem manutenção do Executivo

Das 135 academias em Prudente, atualmente, sete estão com danos e foram incluídas no cronograma de ações da Sosp

PRUDENTE - MELLINA DOMINATO

Data 05/05/2017
Horário 10:00
 

Tendo em vista a conservação dos equipamentos dispostos à população nas ATIs (academias da terceira idade), a Prefeitura de Presidente Prudente declara que promove vistorias periódicas a estes locais e também realiza reparos mediante denúncias da comunidade. Conforme a Secom (Secretaria Municipal de Comunicação), das 135 ATIs instaladas na cidade, atualmente, sete estão com avarias e já foram incluídas no cronograma de ações da Sosp (Secretaria de Obras e Serviços Públicos). As academias localizadas nos jardins Itapuã e Itapura I, por exemplo, são alvos de reclamação de moradores, que apontam ausência de manutenção pela administração municipal.

Jornal O Imparcial Na academia do Jardim Itapuã, dois equipamentos estão quebrados e serão consertados

"Normalmente, os danos nas academias são decorrentes de depredação ou furto de equipamentos, por isso a Prefeitura pede a colaboração dos usuários visando à conservação dos aparelhos", destaca a Secom. Ainda explica que denúncias de depredação e vandalismo nestes locais podem ser comunicadas diretamente ao serviço 156 do Executivo.

 

Usuários

O representante de vendas, Eduardo Camargo, diz que nos jardins Itapuã e Itapura I, as ATIs não recebem nova pintura há pelo menos dois anos. "A Prefeitura precisa ter uma equipe que dê manutenção geral, de forma frequente a estes locais", considera. No entanto, concorda que existe falta de conscientização por parte de munícipes que não colaboram com a preservação dos equipamentos e, pelo contrário, depredam e picham tais espaços. "O povo também não ajuda, pois vandaliza as academias. Com certeza, essas pessoas têm a cultura de destruir. Mas, isso não justifica a falta de manutenções", frisa.

A mesma reclamação é feita pelo trabalhador de usina hidrelétrica, Daniel Geraldo. Residindo nas proximidades da ATI do Jardim Itapuã desde 2013, conta que nunca presenciou nenhum trabalho de reparação do espaço. "Às vezes, alguns funcionários passam por aqui e dão uma olhada, mas nada fazem. Essa é uma preocupação para nós, moradores. Já reclamamos inclusive da água que se acumula nos tubos dos equipamentos e eles dizem que já colocaram produto para não criar o Aedes aegypti, mas não acredito que resolva", relata. "Só nessa academia são dois equipamentos quebrados há tempos", complementa.

 

Problema antigo

Como noticiado neste diário, o Executivo de Prudente já retirava de seus cofres, em 2014, média de R$ 1 milhão por ano para reparar danos causados por vândalos em estruturas e prédios públicos. Os bairros periféricos são os que mais sofrem com este crime contra o patrimônio, sendo que o dinheiro utilizado nas reformas e reparos poderia ser aplicado em outras áreas, como saúde e lazer. Depredação de praças, de louças de banheiro, pichação e furto de equipamentos e peças estão entre os casos identificados.

Na época, a Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Habitação revelou que o montante utilizado na reparação desses locais serviria para a construção de duas praças, ou duas UBSs (Unidades Básicas de Saúde), ou até mesmo 50 ATIs (academias da terceira idade).

O Código Penal dispõe, em seu artigo 163, que os adultos flagrados podem sofrer, como penalidade, detenção de um mês a três anos, bem como estarem sujeitos à multa, variando conforme a gravidade. Já os menores são responsabilizados nos termos do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

 
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