Carnaval passa e a vida fica, por isso curta com consciência

EDITORIAL -

Data 28/02/2019
Horário 04:23

O carnaval está chegando e, com ele, os ânimos se inflamam, as estribeiras são perdidas, o pé atola na jaca e ainda chuta o pau da barraca. Contudo, mesmo diante da oferta de tanta diversão e folia, é preciso se atentar que o carnaval passa e a vida continua – ou pelo menos é assim que deveria ser – por isso todo cuidado é necessário na hora de curtir, seja em um bloco, clube, desfiles ou festas.

O primeiro cuidado deve ser com relação ao uso e abuso de álcool e drogas. Nesta época, como em outras datas comemorativas, as pessoas costumam fazer uso abusivo de tais substâncias e se esquecem que há vida após o carnaval. A vida não termina em um copo de bebida ou em um trago qualquer, por isso deve ser preservada e tratada com o devido respeito.

Na mesma intensidade, durante os dias de carnaval corre a máxima de que “ninguém é de ninguém”. Muitos se entregam à promiscuidade e buscam no sexo fácil e no prazer instantâneo a saída para aliviar suas frustrações do ano inteiro. E isso abre as portas para uma série de situações, além das chamadas DSTs (doenças sexualmente transmissíveis), também para as doenças da alma, muitas vezes invisíveis, mas que são tão prejudiciais quanto as outras e aumentam a cada relacionamento superficial, subjetivo. Cada pessoa que passa pelas nossas vidas toma e coloca algo em nós, por isso relações frágeis apenas aprofundam o vazio interior de cada um.

Por isso curtir sim, mas com cautela e consciência, pois os dias do carnaval passarão, como tudo na existência passa, mas a vida continua, ou pelo menos aquilo que resta dela depois de o bloco passar.

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