Choque de gestão

OPINIÃO - Walter Roque Gonçalves

Data 18/01/2020
Horário 04:05

De todas as mudanças esperadas para alavancar o crescimento econômico do país, o choque de gestão, com certeza, é a que está mais na mão. Não é como fazer uma reforma onde os textos são exaustivamente analisados e criticados por deputados e senadores, basta o Executivo focar nas competências daqueles que assumem os cargos e deixar a política para outras esferas. Um dos bons exemplos neste caminho é o colapso que passa o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).

Segundo o portal do G1, são cerca de 2 milhões de processos parados,  destes 500 mil aguardam documento, no entanto, os outros estão parados por falha no sistema do instituto. Todos os processos entram numa fila única, por ordem cronológica e sem prioridades. Isto coloca licença maternidade, por exemplo, atrás de um processo de aposentadoria que é bem mais complexo. Tem também aqueles casos que o contribuinte foi dado como morto e na verdade está mais vivo do que nunca, estas pessoas não conseguem provar que ainda circulam dentre a população.

Basta o Executivo focar nas competências daqueles que assumem os cargos e deixar a política para outras esferas

Este problema vem se agravando ano após ano devido à quantidade de servidores que se aposentaram, concursos públicos para preencher estas vagas não foram abertos. Há muito trabalho, pouco contingente de pessoas, sistema de informação desatualizado, gestão da fila de espera precária.

O governo, diante de limites orçamentários, estrutura organizacional e jurídica, investiu no choque de gestão que reflete positivamente na confiança do empresário na administração do país. O secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, anunciou recentemente a contratação de militares da reserva para trabalhar nos serviços operacionais do instituto e assim liberar os especialistas do INSS para analisar os processos. Há medidas para desburocratização, racionalização da fila de espera. Espera-se que em seis meses, a situação seja normalizada.

Para nós contribuintes, os sinais de profissionalização da gestão e choques como estes que levam à maior agilidade são excelentes sinais de melhorias que fomentam o crescimento da economia, afinal quanto melhor a confiança no governo, mais animados ficam os investidores.

 

 

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